Tem coisas que não dá pra deixar pra depois, falar sobre a infertilidade é uma delas. Apesar de um número interessante de pessoas que optam por não ter filhos é ainda maior o número daqueles que levam à risca a perpetuação da espécie. Mais do que uma “necessidade biológica”, procriar é, para muitos, manter-se eterno no outro ser que leva com ele um pouco dos genitores, é “nunca mais estar só” porque “filho é pra sempre”, é um ato de amor ao cônjuge, é tão natural, tão sonhado desde os tempos da infância que pensar que isto pode não vir a acontecer provoca medo, frustração e infelizmente e principalmente a falta de coragem de tocar no assunto. Para nós da MENSCH, conhecimento é a base de tudo, inclusive da cura para a infertilidade, por isso essa matéria especial sobre o assunto em parceria com o Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, através da Dra. Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução humana assistida e diretora-médica do Vida.
Tirando causas genéticas e doenças, outros fatores influenciam para que haja infertilidade no homem hoje em dia (ver Box), mas como se precaver desse mal? Conversamos com Dra. Maria Cecília Erthal que nos explicou que há fatores que podemos evitar como o tabagismo e a obesidade, e outros fatores como traumas, que algumas vezes fogem à nossa proteção. Algumas pessoas trabalham com substâncias químicas que podem levar à infertilidade e neste caso o uso de equipamento de proteção individual seria uma forma de se preservar. Infecções também podem levar à infertilidade, incluindo algumas infecções venéreas e neste caso o uso de preservativo protege também o homem. Doenças adquiridas como a varicocele pode também levar a uma alteração na produção do espermatozóide. Além disso tudo, o aumento de câncer testicular, nesses casos recomenda-se o congelamento de sêmen para que no futuro se faça o tratamento utilizando esse material.
Sabe-se que homens mais velhos possuem maior percentual de fragmentação de DNA espermático, e, por conseguinte uma pior qualidade espermática; não existe um consenso de qual é a melhor forma de tratar esses casos. Quanto à prevenção alguns grupos de pesquisa citam o uso de substâncias antioxidantes (vitamina C e E) como forma de diminuir a fragmentação do DNA. Segundo ela, atualmente se diz que 50% dos casais inférteis possuem fatores masculinos como um dos componentes da infertilidade, antigamente era aproximadamente 30%. Uma outra questão também é o diagnóstico, hoje em dia os homens procuram mais a causa, onde na década de 60 e 70 era comum culpar as mulheres, e assim também temos um aumento no número desses casos.
Uma boa forma de se prevenir desse problema é ter uma vida saudável. É a melhor forma de diminuir o risco da infertilidade, e caso seja essa sua preocupação o ideal é realizar um espermograma e ver se há alguma alteração. Caso tenha, é o caso de se procurar um médico especialista em reprodução humana ou urologista para orientá-lo melhor no que fazer.
E o que muitos querem saber, se tem tratamento e qual o indicado. Para cada tipo de alteração do sêmen existe um tratamento específico, isso também dependendo se a parceira também possui alguma alteração. A reversão do quadro de infertilidade masculina na maioria das vezes pode não ser possível, mas pode-se evitar que ela piore. Em alguns casos o congelamento de sêmen é uma opção para aqueles onde haja um prognóstico de possível parada da produção de espermatozóides, e quando o homem quiser ter um filho ele poderá fazê-lo utilizando espermatozóides congelados.
Bem, agora é ficar de olho, afinal sobre infertilidade, você precisa falar sobre isso.
Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or.http://www.vidafertil.com.br
Agradecimentos: Dra. Maria Cecília
Pedro Henrique Sant´Anna – Dona Comunicação