CAPA: RAINER CADETE COM SOTAQUE ITALIANO EM “TERRA E PAIXÃO”

Se tem um ator que sabe ser versátil esse ator é Rainer Cadete. Depois de encarar o querido Visk em “Verdades Secretas”, seu novo personagem é totalmente o oposto em “Terra e Paixão”, também de Walcyr Carrasco, que estreia nesta segunda (09). Prata da casa aqui na MENSCH, fomos bater um papo com Rainer para entender como está esse seu momento com essa nova jornada dando vida ao Luigi.

Como você define o Luigi? Ele é um vigarista, divertido… Um sedutor que conhece mulheres através das redes sociais, mas também é capaz de se apaixonar, como acontece entre ele e a Petra (Debora Ozório). Apesar de bem-humorado, o personagem é um alerta para as mulheres sobre os perigos que podem acontecer em encontros através de aplicativos.

Em quem se inspirou para fazê-lo? Como se preparou? Estudei em Roma durante dois anos. Dos 11 aos 13… Li e estudei a Divina Comédia em italiano… estudava latim, francês, espanhol e inglês com professores italianos em uma escola de período integral e, desde então, tenho um italiano “vero” dentro de mim, (risos). Meu padrasto chamava-se Raphaelle e a gente só falava em italiano. Ele era um homem honesto e de família nobre. A inspiração veio daí. A preparação é um processo de mergulho pra dentro de mim mesmo, um momento que eu adoro, que estudo outras realidades… E para esse personagem foi assim, eu fiz aula de conversação em italiano; tive auxílio de nutricionista, nutrólogo e personal trainer para me preparar fisicamente para esse personagem, além da preparação de atores oferecida pela novela, fiz preparação corporal, aulas com fonoaudióloga, aulas de corpo e movimento, massagens, terapeuta, figurinista, caracterizadora, enfim, um time de grandes profissionais que estão por perto e me ajudam, direta ou indiretamente, nessa composição. Além disso, tem os filmes dos diretores italianos que estou assistindo, como (Federico) Fellini, (Luchino) Visconti, (Pier Paolo) Pasolini, Ettore Scola, entre outros.

O que esse papel traz de novo e de mais desafiador para você? Um grande desafio é falar o português com o sotaque italiano. E fazer um vigarista carismático vai ser um excelente exercício.

Quais são as principais questões que ele vai enfrentar na trama? A transformação pessoal. Ao longo da trama ele vai se apaixonar de verdade.  

E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco, o que você destaca que está sendo mais interessante nesse começo do trabalho? Estou conhecendo novas pessoas, fazendo novos amigos e já sei que alguns ficarão para a vida toda. Estou trabalhando com pessoas de quem eu já era fã e tenho certeza de que vou aprender muito com eles e estou tendo a oportunidade de reencontrar amigos com quem já tive a felicidade de contracenar e que estou convivendo novamente no dia a dia.

Qual a sua expectativa para este trabalho? Como você acha que o público vai receber o personagem? A expectativa é fazer um mergulho profundo e entregar o personagem da melhor maneira possível. Ajudar a contar uma história de tirar fôlego e fazer o público rir, se emocionar e promover a reflexão, ou seja, além de levar entretenimento ao público depois de tempos tão difíceis, alertar sobre os perigos destes encontros por aplicativos.

Comente sobre a relação de Luigi com Antônio (Tony Ramos). E como é a relação dele com Petra? E com Gladys (Leonardo Cavalli)?  A relação com Antônio é de respeito. Eles vão se tornar próximos. Com a Petra, a relação é de amor e cuidado. E com a Gladys é uma relação de interesse.  

Quais foram seus últimos trabalhos? No ano passado eu fiz Angels in America, uma versão Cênica de Paulo de Moraes para a obra-prima de Tony Kushner, de quase 6hs de duração, com o Armazém Companhia de Teatro, uma companhia de teatro que fez parte da minha formação e que aprendi muito. Teve Verdades Secretas 2, onde tive o prazer de reviver o Visky, além dos meus projetos com música. Eu lancei um álbum com o Renato Luciano, o “Leves e Reflexivas”, com músicas autorais que falam sobre amor e temas relevantes.  

Como foi o convite para atuar na novela? Gosto do desafio de fazer personagens de composição e, pelo fato de falar italiano, me chamaram para um teste. Fiz, passei e estou feliz com esse personagem.  

Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios? Tenho um encontro artístico com Walcyr, uma parceria potente que coleciona muitos sucessos e aprendizados. Adoro trabalhar com ele. Sempre escreve personagens muito desafiadores, complexos e cheios de camadas que acabam envolvendo o público. Já com o Luiz, essa está sendo o nosso primeiro trabalho e estou adorando. A novela está deslumbrante! Ele é um excelente profissional e espero que este seja o primeiro sucesso de muitos.

Fotos Faya / Stylist Vescah / Make-up Bruno Alsiv