COLUNA DO MALTE: O QUE OS RÓTULOS MAIS RAROS DO MUNDO TÊM EM COMUM COM SUPERCARROS DE CELEBRIDADES?

Por Carlos Leite

No universo do luxo extremo, status não é apenas uma questão de posse, mas de curadoria. Seja em garagens multimilionárias ou em bares privados climatizados, o verdadeiro poder está nos detalhes: um Bugatti Chiron Super Sport na coleção de Cristiano Ronaldo ou uma garrafa do The Macallan 1926 ocupando um cofre ao lado de diamantes e arte moderna. Ambos são investimentos emocionais e financeiros que transcendem a utilidade — são declarações de gosto, exclusividade e, acima de tudo, legado.

Assim como um Pagani Huayra BC Roadster, que mistura engenharia milimétrica com design escultural, um whisky como o Dalmore Decades 6-Set entrega mais do que sabor: ele oferece história engarrafada, artesanato centenário e uma assinatura de quem entende que o luxo é um idioma falado em poucas mesas.

Ao investigarmos o universo desses rótulos — Glenfiddich 1937, The Yamazaki 55 Years, Highland Park 50 Year Old — percebemos um padrão claro: eles estão onde os supercarros também estão. Em coleções privadas de celebridades como David Beckham, Jay-Z e Elon Musk, onde o luxo é tanto uma paixão quanto uma estratégia de posicionamento pessoal.

Não é coincidência que grandes nomes do entretenimento e do esporte estejam cruzando as fronteiras entre mobilidade e mixologia. O rapper Drake, por exemplo, já apareceu ao lado de um Rolls-Royce Phantom com copo de Louis Moinet no console central, enquanto o ator Leonardo DiCaprio é conhecido por servir apenas edições limitadas de whiskies japoneses durante seus retiros em Saint-Tropez. Nesses círculos, o gosto pelo raro se torna símbolo silencioso de inteligência estética.

MAS O QUE TUDO ISSO DIZ AO CONSUMIDOR DE ALTO PADRÃO?

Que o luxo do futuro está cada vez mais voltado para o legado — objetos que contam histórias, produtos que sobreviverão à volatilidade das tendências e cujos valores aumentam com o tempo. Um Macallan vendido por US$ 1,9 milhão em leilão está para o colecionador de whiskies assim como uma Ferrari 250 GTO está para o entusiasta automotivo: ambos são monumentos.

Marcas que entenderem essa sinergia — entre espírito, velocidade, exclusividade e propósito — estão diante de uma oportunidade inédita de se conectar com uma audiência que não compra por impulso, mas por identidade. Em um mundo onde tempo e atenção são os novos ativos de luxo, estar presente nas escolhas dos líderes de opinião é mais que marketing: é visão estratégica.

E você, está pronto para brindar com o futuro?