VIDA URBANA: RESERVA DO PAIVA – UM PARAÍSO PLANEJADO À BEIRA-MAR

Por Isabelle Barros

Um terreno à beira-mar de 526 hectares, de natureza quase intocada, a 28 quilômetros do Recife, se tornou um dos locais mais cobiçados do Nordeste para morar e investir nesse começo do século XXI. Esse lugar é a Reserva do Paiva, primeiro bairro planejado da Região Metropolitana do Recife, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho. Voltado para um público de alto poder aquisitivo que deseja desfrutar de qualidade de vida em um ambiente seguro e com privacidade, a localidade tem apresentado forte expansão em sua ocupação nos últimos anos, especialmente após as mudanças nas formas de viver e trabalhar ocasionadas pela pandemia. “O desenvolvimento do bairro foi acelerado em uma década”, pontua Luís Henrique Valverde, diretor do segmento imobiliário do Grupo Ricardo Brennand.

A história da Reserva do Paiva como bairro planejado começa há 20 anos, em 2003. Na época, as famílias Ricardo Brennand e Cornélio Brennand, proprietárias do terreno, convidaram a Odebrecht Realizações Imobiliárias para apoiar os primeiros estudos imobiliários e análises de impacto ambiental na região. O lançamento oficial do projeto ocorreu em 2007, e o primeiro projeto imobiliário da localidade foi entregue em 2010 – o condomínio Morada da Península, com 66 casas distribuídas em 180 mil m².

LUGAR PRIVILEGIADO

A partir daí, a Reserva do Paiva, atualmente gerida pelo Grupo Ricardo Brennand e pelo Grupo Cornélio Brennand, só cresceu, oferecendo residências menos adensadas e com baixo gabarito, a fim de não gerar sombra em seus 8,5 km de orla. Além disso, mais de 200 hectares de vegetação nativa são protegidos, segundo Valverde. “A Reserva do Paiva tem uma geografia privilegiada e foi concebida para ser o melhor bairro de praia da nossa região. Queremos atender o mercado da melhor forma possível, agradando tanto a potenciais clientes daqui quanto aos de fora. Então, pensamos no desenvolvimento imobiliário do Paiva como uma extensão natural de uma oferta qualificada no Recife. Estamos a 15 km de Boa Viagem e a 15 km do aeroporto. O Porto de Suape também está nas proximidades. Então, podemos oferecer residências de qualidade e serviços de alto nível para seus funcionários”.

Também em 2010, foi criada a Associação Geral da Reserva do Paiva, responsável por administrar os serviços urbanos do local. Atualmente, a entidade tem 70 colaboradores, entre a equipe de zeladoria, consultoria e segurança, como explica o gestor da entidade, Gabriel Belmont. “Em 2019, implantamos o Centro Integrado de Segurança, com central de monitoramento 24 horas e 220 câmeras nas áreas públicas. Também criamos o Programa de Proteção Comunitária de Olho no Paiva, com um número para o qual qualquer pessoa pode ligar se identificar qualquer atividade suspeita. Também estabelecemos, em 2020, o Serviço de Atendimento Emergencial (SAE), com enfermaria 24h para incidentes de menor gravidade e ambulância 24h caso o paciente precise ser encaminhado para algum hospital. Já fizemos 550 atendimentos e salvamos sete vidas”.

Gabriel reforça ainda que a Associação Geral da Reserva do Paiva tem um convênio firmado com a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, para apoiá-la tanto na segurança quanto na manutenção e conservação das áreas públicas do bairro. “Todos os bairros planejados que deram certo têm em comum uma associação forte e atuante. Os moradores percebem isso para valorizar seu patrimônio. Fazemos a varrição das ruas, coleta seletiva de lixo, reparo de iluminação pública, entre outras ações de zeladoria. Identificamos ainda os períodos de maior movimentação, como as férias escolares e realizamos ações de educação ambiental e sustentabilidade, como plantio de mudas e limpeza das praias para sensibilizar as pessoas para preservarem o Paiva”.

ESTILO DE VIDA

O desenvolvimento da Reserva do Paiva também trouxe uma mudança no perfil dos proprietários dos imóveis. Atualmente, o bairro tem mais de três mil habitantes e 733 famílias, fora os cerca de dois mil postos de trabalho gerados pela localidade. “A pandemia ajudou a desmistificar a ideia de que a Reserva do Paiva é um local distante do Recife. O bairro tem atraído muitos adultos jovens e maduros, pessoas que querem se estabelecer com suas famílias e não apenas veranear. Em seis anos, tivemos um aumento de 92% no número de famílias no Paiva e 14% da população é composta por crianças de 3 a 11 anos. Houve um crescimento de 84% no perfil de lares de primeira moradia e um aumento de 4% no perfil de segunda moradia. Com os próximos lançamentos a serem entregues, a população deve dobrar novamente até 2025”, projeta Gabriel. Além de trabalhar na Reserva do Paiva, Luís Henrique Valverde oferece outra perspectiva – a de morador. “Vivo no Paiva há dez anos e tenho um escritório no bairro. É muito interessante estar imerso nessa realidade, pois me ajuda a atender melhor as necessidades dos clientes e dos moradores – afinal, sou um deles. As pessoas chegam na Reserva do Paiva e se sentem bem, podem baixar o vidro do carro, sentir a brisa do mar. Outra grande vantagem de viver em um bairro planejado e seguro é o sentimento de comunidade. As pessoas se permitem estar na rua, na praia, nas quadras de beach tennis. Elas podem utilizar os equipamentos de uso público, encontrar propósitos e atividades em comum, ir tranquilamente à padaria, ao mercadinho, à escola, à farmácia. Você vê a beleza da relação entre as pessoas”.