CAPA: Rafael Cortez, divertido, esperto e cheio de humor pra dar

Esse é um cara que adoramos conversar. Daqueles que com pouco tempo você já se sente à vontade para contar segredos sem medo de ser repreendido, no máximo ouvir alguma gracinha. Rafael Cortez é nosso entrevistado de capa pela 2ª vez (a 1ª foi em dezembro de 2011) e pelo papo bom parece que ainda teremos muito mais o que falar futuramente. Editar essa entrevista foi um dos trabalhos mais árduos que nossa editora já teve. Era muita conversa boa, divertida, que fazia pena deixar de fora. Os áudios foram muitos e divertidos. Isso sem falar das fotos. Cada uma tinha algo de mais legal que outra. Assim é Rafael Cortez, um cara leve, divertido, que rir das próprias bobagens e que segue de bem com a vida. Vamos à entrevista… pegue algo para beber que o papo é longo. Garanto que ao final você vai querer ler novamente.

Vamos lá pro início… Como começou sua carreira? Formado em jornalismo, trabalho como repórter… Como se deu tudo isso? Minha carreira começou numa grande confusão. Quando criança eu queria muito ser artista. Na adolescência eu fiquei com muito medo de ser artista já que eu peguei a crise do Collor, o Brasil quebrando, inflação galopante e dei uma recuada nos projetos. Aos 17 anos eu fui estudar violão clássico, me apaixonei, tinha certeza absoluta que seria violonista clássico. Mas eu comecei a trabalhar com qualquer coisa que aparecesse. A grande virada da minha vida se deu quanto eu entrei no CQC mesmo. O CQC me procurou pra ser produtor do programa e na entrevista  eu joguei uma cartada ali, eu não tinha nada a perder e falei “olha muito me interessa esse projeto do CQC, mas eu quero ser repórter aqui, não produtor, posso?”. Aí o Diego Barredo, a quem eu credito o começo da minha carreira me deixou fazer o teste. Eu fiz dois testes e passei no CQC como repórter. Daí vieram os dois anos de Record e volta pro CQC. E estou há quase um ano na Globo agora.

O CQC foi uma grande vitrine revelando para o país grandes talentos como Mônica Iozzi, Marco Luque, Rafinha Bastos… Como era nos bastidores? Uma relação pacífica? Olha o CQC era muito legal mesmo, mas era um trabalho que não possibilitava que a gente tivesse um relacionamento uns com os outros. A gente convivia pouco, se encontrava chegando e saindo de pautas. Uma vez ou outra a gente confraternizava. Não tinha muito problema de ego entre nós porque a gente convivia pouco e tinha uma característica que era maravilhosa no CQC, era o início de carreira televisiva praticamente pra todo mundo. O Tas era o único que tinha uma carreira televisiva de 25 anos, era muito mais vaidoso do que a gente, mas reitero, o Tas foi fundamental para a história do CQC e um dos profissionais mais brilhantes com quem eu trabalhei.

O que foi o maior acerto do programa que fez ele bombar e ou que foi o início do fim? Que análise faz no geral dessa trajetória do programa? Indiscutivelmente o maior acerto do CQC foi a abordagem da política, foi o que fez o programa ficar maravilhosamente conhecido e ficar crível. O CQC foi o último episódio recente de TV aberta que realmente deixou as pessoas mobilizadas em torno da televisão. Nossa abordagem de política era muito boa mesmo porque seguia a linha do Ernesto Valera que foi o personagem mais popular que o Taz fez nos anos 80. As perguntas vão ser feitas, custe o que custar, ué. No jornalismo que estava sendo feito até então havia muito dedo e a gente tocava na ferida sim, sem nenhum pudor. E muito disso se deve ao fato de que como nós éramos muito novos ali na TV, era nossa primeira experiência, a gente não tinha nada a perder, entrava de cabeça mesmo, não tinha contrato publicitário com ninguém, não tinha marcas endossando  nosso trabalho. Os primeiros anos do CQC foram geniais por causa disso. A medida que o CQC foi ganhando grandes anunciantes isso foi criando outras responsabilidades também, né? E nós também, à medida que fomos ficando mais conhecidos, começamos a perder aquela coisa triunfante de dar a cara a tapa. Acho que o que degringolou mesmo foi o desgaste do formato. Houve um momento em que as pessoas já sabiam antecipadamente como o programa ia se comportar, e uma das coisas interessantíssimas do CQC era a imprevisibilidade. Mas o formato foi se desgastando no seu sexto ano e o projeto durou oito, né? O que realmente levou ao final do CQC foi a gente não poder mais falar abertamente de política como a gente falava, sabe? Porque começou uma coisa maniqueísta, de bem e mal, bandidos e mocinhos, o Brasil se transformou em dois partidos que são a direita e esquerda, né? Acho que quando a gente perdeu nossa liberdade de trafegar livremente por todo o cenário político, aí o CQC começou a criar uma rejeição por parte do público que não correspondia em audiência, não correspondia mais em anunciante e aí, naturalmente, a Band fez a coisa mais sábia que podia ser feita, ela aposentou o programa.

Ser cínico e debochado era pré-requisito fundamental para entrar no programa? O que você foi aprendendo ao longo do programa? Algo que traz até hoje? Olha ser cínico e debochado era uma característica importante para fazer sucesso no CQC, mas acima de tudo, era preciso ser espontâneo. Muita gente passou pelo CQC ou fez teste pra entrar no CQC abusando do cinismo e do deboche, mas perdendo a espontaneidade. Tem de ter carisma. O CQC tinha personagens muito carismáticos. Foi uma sábia reunião de pessoas de diferentes perfis, diferentes níveis de acidez, mas que tinham a característica do carisma, cada qual a sua maneira.

Qual sua maior saia justa no programa e qual maior êxito? Se você falar pra qualquer outra pessoa “qual foi a maior saia justa que o Rafael Cortez passou no CQC?” Vão falar a entrevista com as atrizes de Orange is the new black. Foi uma tragédia completa mesmo, absoluta, e pior ainda, aconteceu no meu sexto ano de CQC, quando eu já achava que manjava muito e eu fiz uma entrevista péssima. Para mim a maior saia justa foi a minha entrevista com a Maria Bethânia quando eu fiz uma pergunta que ela não gostou e ela me falou “me respeite” e me deixou falando sozinho. Eu esperava muito dessa entrevista e eu errei. Mas eu resolvi isso depois, pedindo desculpas a ela e ela me desculpou. Foi uma grandessíssima bobagem enfim, bobagem terrível.

Agora de êxito, putz, é difícil te responder um. A minha entrevista com Pedro Almodóvar no Festival de Cinema de Cannes, quando eu o abordei na rua. É a única entrevista da história do CQC que não tem um único corte de edição. Eu abordo o Almodóvar no meio da rua de Cannes, ele estava fazendo fotos dos cartazes de divulgação do Festival de Cinema. Ele fazia fotos pessoais, eu comecei a ir por trás dele dirigindo-o, dizendo que ele estava fazendo errado as fotos, que ele ia fazer de novo errado, assim como ela havia feito a fotografia de Volver e Hable con Ella. Ele se vira numa indignação do tipo “o que é que esse cara tá falando?” Que eu, o maior cineasta da Europa, não sei enquadrar uma câmera e fazer uma boa foto?” E a isso se seguiu um papo que terminou num selinho que ele pediu.

Mas eu acho que te respondo com mais eficácia se eu te falar das entrevistas que eu fiz na Copa do Mundo de 2010. Foram as minhas piores matérias e as melhores,ao mesmo tempo. As piores por conta do contexto, mas foram as melhores por conta dos resultados. Chegou um momento que eu disse “ou eu me entrego a essa depressão que eu tô sentido, a esse desespero que é gravar futebol sem gostar na África e deixo todo mundo ciente que eu estou aqui infeliz ou na hora que apertar REC na câmera eu viro o jogo e faço matérias fodásticas. Então como eu não tinha nada a perder, eu entrei de cabeça nessas matérias da Copa.

Você acha que o stand up ficou meio banalizado hoje em dia? Perdeu a graça? O que aconteceu com esse tipo de humor? Não eu não acho que o stand up e banalizou não, banalizar é um termo prejudicial, né? Porque banaliza quando perde conteúdo, quando perde excelência. Nós temos humoristas hoje, humoristas jovens que infelizmente ninguém conhece, que são sensacionais. Não acho que banalizou, mas popularizou demais. E deixou de ser uma novidade, mas tá longe de acabar, tá longe de tá ruim.

Do CQC para o Vídeo Show, um belo salto na carreira. O que mais estranhou e o que mais te dar orgulho nessa mudança? O que eu aprendi de mais importante, no meu caso, não digo que é uma regra que vale pra vida, mas eu descobri que de acordo com o que eu faço hoje, há um limite sim pra ser chegado na minha relação com as pessoas, sejam elas quem forem quando o tema é piada. Eu vejo um limite no humor, mas isso é muito particular. Eu tenho um limite que eu me auto impus. Eu aprendi a ter bom senso no CQC. Todas as vezes que eu extrapolei o bom senso eu já tinha uma intuição que não daria certo e de fato, não dava. Eu tomei muita patada, eu apanhei muito, não cheguei a apanhar fisicamente, mas pô, eu tomei uma cuspida na cara de um ator da Globo. Maria Bethânia, que é um ícone, uma das pessoas que mais venero na minha vida, não gostou de uma pergunta minha, disse “me respeite”, me deu as costas e me deixou falando sozinho. Você quer coisa pior? Então aprendi a ter bom senso, foi isso.

Tem mais liberdade ou é preciso um certo controle para manter o “padrão Globo de qualidade”? Eu realmente não tenho nenhuma restrição de conteúdo editorial, não podam a minha liberdade, nunca mesmo, mas eu também não sou maluco de ficar propondo coisas que não tem a ver com o programa que eu faço, no horário que eu faço. Você vai ver que o tipo de humor que eu vou fazer no BBB, que é à noite, e que é pra um outro público que vai ser muito diferenciado do humor que eu faço no Vídeo Show hoje, então não tem essa coisa de quebra de liberdade, manter o “padrão Globo”. Você faz ajustes no seu perfil pra se comunicar bem com o público que você atinge e isso é genial em televisão.

O que mais te agrada estar atrás da bancada ao vivo ou nas matérias de rua? Olha eu tenho prazeres diferentes. Eu me divirto muito gravando as matérias do Vídeo Show, mas muito mesmo. Se alguém pudesse acompanhar os bastidores das matérias comigo as pessoas iam dar muita risada, mas me divirto um pouco menos assistindo. Na bancada do Vídeo Show eu me divirto muito assistindo depois, fazer me dá um pouco de paura (nervosismo), porque a gente tá 100% ao vivo, sempre me dá medo de falar alguma merda, soltar um palavrão de vez em quando, soltar um “caralho”, disso eu tenho medo, entende? Não porque vou ser censurado, vão brigar comigo, mas eu sei com quem eu estou falando, sei que meu público não vai gostar.

Sentiu alguma rejeição por parte de algum ator que na época do CQC você brincou e ele não gostou? Tudo em paz com todos? Rejeição? Senti, senti sim. Senti não só uma, mas algumas vezes. E já era algo que o Vídeo Show saberia que aconteceria. Todos nós sabíamos que a minha penetração nos bastidores da Globo, cobrindo as coisas pelo Vídeo Show teria de ser feita de modo delicado porque eu ia cruzar com antigos desafetos. Impossível você fazer seis anos de CQC e não ter incomodado algumas pessoas, né? Ainda mais atores e atrizes que têm egos tão inflados. Mas nunca a ponto de evitarem me dar uma entrevista. Os atores sabem que eles precisam da gente pra divulgar seus projetos e nós precisamos deles para nossas matérias e conteúdo para o Vídeo Show. E na Globo tem uma colaboração mútua. Todo mundo sabe que precisa trabalhar e fazer bem o seu papel, há muito profissionalismo nesse sentido. Ninguém evitou dar entrevista para mim por conta de desafetos da época do CQC. Já aconteceu de eu evitar entrevistar algumas pessoas “Essa pessoa é demais para mim”. Mas eu acho que tem um ou outro, acho que são três pessoas na Globo que eu não gostaria de entrevistar. É muito pouco perto da centena de milhares que eu amo entrevistar e é um prazer encontrar a todo tempo.

Você é hiperativo. Como é em casa? Você para em algum momento? O que faz para relaxar? Eu sou sim hiperativo. O que tem me ajudado muito a minar minha hiperatividade, é namorar. Minha namorada Adriana, que eu espero ainda estar com ela na ocasião de publicação desta entrevista (risos), ela me dá muito eixo. O ato de namorar te obriga muito a parar. Se você não parar por você, você vai parar por ela. Você vai parar por sua namorada. Você vai levar ela pra fazer um programa, tomar um vinho, pra jantar, então, namorar ajuda a minar um pouco a minha hiperatividade. Se eu não namorasse, eu continuaria trabalhando que nem um maluco e ficaria mal assim. Nós trabalhamos muito, justamente pra poder tomar um bom vinho, ir a um lugar legal, fazer uma viagem bacana, ficar prostrado que nem um cavalo… Eu gosto dessas coisas. Então por mais hiperativo que eu seja, e eu sou mesmo, o que faço pra relaxar é namorar, toco meu violão, eu gosto de me jogar em frente ao sofá zapeando. Não necessariamente eu assisto um filme ou outra coisa, o exercício é zapear pra não dar em nada. Eu adoro ir do Canal 2 ao 580 sem ver nada, adoro isso. E recentemente, eu estou em estado de glória porque eu realizei uma coisa na minha vida, eu comprei um sítio em São Bento do Sapucaí, que é um lugar onde finalmente eu me permito relaxar, é o meu paraíso particular, onde esqueço da vida.

Esse jeito meio trapalhão e bem humorado é afrodisíaco para as mulheres? Como é a relação com elas na paquera? Olha, esse jeitão a que você se refere, nem é programado, é meu jeito mesmo, eu sempre fui meio atrapalhado, meio bobo. E foi muito bom pra mim, ainda mais na minha época de solteirice, de solteirice pegador. Foi muito legal. A popularidade somada ao meu jeito, com o ápice do humor, com a pré-disposição que as pessoas tinham de gostar do formato de humor e dos humoristas, foi muito boa numa época da minha vida em que eu me redimi de toda a minha cabaçice adolescente, sabe? Tudo que eu não peguei na adolescência, tudo que eu fui BO, cabaço, mocorongo da adolescência e parte da juventude eu sanei nos meus anos de loucura e putaria propiciados pelo CQC na época que eu estava solteiro. Eu me diverti muito. De forma que, hoje eu encaro o relacionamento com muito mais maturidade porque eu acho que esgotei a minha cota de loucura, de zoeira, de bebedeira, de mulherada. O humor sempre foi um elemento diferenciado. As mulheres sempre gostam de homens bem-humorados. Os homens também gostam de mulheres bem-humoradas. Uma das características mais incríveis da minha namorada, entre muitas coisas incríveis que ela tem, é o humor. Ela é divertidíssima e muito mais engraçada do que eu e muitos colegas meus. Eu fico doidinho com isso nela. Eu sou um cara que namoro e não escondo de ninguém, tá nas minhas redes sociais, nas minhas entrevistas e as mulheres deram uma afastada por respeito. Às vezes tem uma ou outra que dá uma flertada, mas eu seguro muito o tchan, amarro o tchan e seguro o tchan, tchan, tchan, tchan, tan.

Rafael, pode não ser, mas parece que nada tira seu bom humor? Como você é no dia-a-dia? O que te tira do sério? Olha essa premissa de que nada tira meu bom humor, é uma farsa. Eu tenho altos problemas de humor. Como todo e qualquer humorista eu sou meio bipolar e um pouquinho melancólico, quiçá depressivo. Mas o que tira meu bom humor, putz, burocracia, morosidade, banco, fila, imposto, desigualdade, burrice, ignorância… Ignorância é o que mais tira meu bom humor. Conversar com gente burra, por exemplo, gente que ancora o próprio discurso em preconceito, em ideia fixa, discussão política que a pessoa não tem qualquer argumento e fica só no “achismo”, nossa isso me irrita muito. Trânsito me tira o humor, calor excessivo, areia no saco, sunga molhada, frieira me tira o humor, coceira… Sabe quando você tá doido pra coçar o saco e aí você não pode, nossa me tira muito o humor. Agora seu eu tiver numa rodinha com dois amigos, almoçando com meus pais, com a minha namorada, aí eu sou muito mais bem-humorado do que sozinho. Como se fosse uma coisa para as outras pessoas, não só pra mim.

O que te faz rir? O que curte fazer quando não está trabalhando? Eu gosto de pegadinha. Juro por Deus eu rio muito com pegadinha. Ivo Holanda me mata de rir. Eu gosto de susto. Paro pra ver no Youtube gente tomando susto. Video Cassetada. É um quadro que eu adoro, sempre rio que nem um idiota. Gosto do Irmãos Piologo mostrando as pessoas se estrebuchando, claro quando a pessoa se machuca muito eu não gosto. Eu gosto de acidentes ingênuos, escorregões e susto. Costinha é um gênio pra mim. Aquelas caras e bocas do Costinha. Eu gosto de humor que criança gosta. Eu morro de rir com as coisas do Seu Maçarico da Escolinha do Professor Raimundo, adoro, adoro. E minha namorada me faz rir muito, muito, muito. Eu morro de rir com ela. Adoro ela. Ela realmente me diverte profundamente. E o que eu faço quando estou ocioso, eu toco violão, eu bebo um bom vinho, eu como uma boa comida, eu me prostro…Então eu fico de boa, eu gosto disso.

O que mais você quer para você? Onde pretende se realizar ainda? Olha o que eu realmente quero pra mim, é um dia perceber que todas as áreas onde eu atuo deram certo de modo equilibrado. Porque, atualmente, é assim, o humor vende bem, mas a música não vende, ela é sustentada pelo humor. Os áudios livros, coitadinho, tão na clandestinidade absoluta sustentado pela televisão. Gostaria de poder atuar, fazer um filme sério, um personagem simples, triste até. Eu gostaria de fazer uma novela um dia, quero logo lançar meu livro de poesias que tá previsto pra esse ano e quero muito um dia ter filhos. Quero ter um casal, a Nara e o Lucas. Eu tenho pressentimento que a Nara vem antes. Eu tenho essas ambições de casar e ter filhos, sou fofo, acho legal.

Joaquim ou Otaviano, quem você levaria para uma ilha deserta…? Ou deixaria por lá? (Risos) Olha eu levaria o Joaquim e o deixaria por lá. Ele é bonitão demais, as mulheres gostam muito dele, então eu já estou farto de encontrar a mulherada por aí elas dizerem “aí você é lindo, você é muito fofo, mas o Joaquim é mais. Não aguento mais ser o segundo mais fofo e bonito do Vídeo Show. Já o Ota eu deixaria aqui na sociedade conosco porque o Ota é um abnegado pai de família, muito bem casado por sinal, com duas filhas maravilhosas.

 

Fotografia Ronald Luv
Direção de Arte Octavio Duarte
Stylist Ricardo Coimbra
Make Isabela Heringer
Produção Executiva Márcia Dornelles
AGRADECIMENTOS
Rafael veste: Look 1 – Terno e calça Pierre Cardin, camisa Alberto Gentleman, gravata O Francês; Look 2 – Terno Pierre Cardin, camisa Alberto Gentleman, gravata O Francês; Look 3 – Terno e calça Ricardo Almeida, camisa Sergio K, gravata O Francês, suspensório Fidalgos, cinto Gucci