ESTRELA: Andreia Horta se destaca em “Tempo de Amar” com sua primeira vilã

Estamos acostumados a ver a atriz Andreia Horta com personagens que lutam pela justiça e batalham pela verdade. Hoje, ao nos depararmos com sua nova personagem, a Lucinda de “Tempo de Amar”, ficamos surpresos por se tratar de uma vilã bem atípica. Lucinda é do tipo que mente, manipula e sabe-se lá do que mais é capaz de fazer. Um desafio e tanto para uma atriz consagrada como Andreia e que transborda talento. Qualquer papel por, menor que seja, nas mãos dela vira um grande papel. Na TV, quem não se lembra de Maria Clara de “Império” ou de Joaquina em “Liberdade, Liberdade”? Ou de sua premiada Elis no cinema? Aos 34 anos, a atriz tem mostrado que tem garra para conquistar, com verdade e muito talento, qualquer personagem. Andreia Horta, definitivamente, se mostra uma das grandes atrizes da sua geração!

Lucinda é sua primeira vilã. Como está sendo essa experiência? Que desafios te trouxe essa personagem? Os traços de maldade são mais difíceis ou mais fáceis na construção da personagem? Você acha que esse lado dela irá se aflorar mais ao longo da trama? Estou adorando! É mais difícil, embora nunca tenha pensado que fosse achar isso. A voz dos justos é reta, clara. A voz da maldade possui muitas camadas. Tenho sempre que elaborar antes o pensamento dela com várias sutilizas. Depois é que vem a ação. Acredito que a Lucinda ainda irá enlouquecer.

 

Estamos mais acostumados a ver você em papéis de mulheres justas, fortes e batalhadoras. Alguma atitude Lucinda já te incomodou ou indignou? Ah, sim! Várias! Ela é preconceituosa! A Lucinda comete atos vis. Ela mente a ponto de desgraçar a vida alheia.

E na vida real? O que te deixa indignada ou querendo justiça? A maldade me deixa estarrecida. A desonestidade também. De qualquer pessoa! Mas assistir a tanta corrupção e podridão humana na política me faz chorar. Me provoca a justa ira!

Todos temos um lado bom e ruim. Na sua opinião o que desperta mais um que o outro? O meio, a criação ou a índole. O que fala mais alto? Tudo isso se mistura. O meio e a criação é o que te funda, mas acredito que a índole seja determinante. Cada indivíduo faz escolhas.

 

Acredita que sua função como atriz também é social? Pensando que a arte alarga os limites do possível e que fala do ser humano para o ser humano, sim!


Como foi sua formação de atriz (estudo e consciência)? Sou formada em Artes Cênica. Fui aluna do Antônio Araújo na Escola Livre de Santo André, em São Paulo. Isso foi fundamental na minha formação! Trabalhei por anos em chão de fábricas com meu pai fazendo teatro em empresas. Isso também foi fundamental. Eram práticas diferentes que formaram minha consciência naquela minha juventude!

Você sempre teve papéis fortes e marcantes na TV, no cinema e no teatro. Foi uma escolha sua ou eles simplesmente vieram até você? As duas coisas.

Falando em mulheres fortes, sua atuação no filme Elis repercutiu muito dentro e fora do Brasil. Você ganhou vários prêmios. Como foi participar desse longa e qual a importância que teve para você e para sua carreira? Esse filme me traz a certeza de que quando nosso coração está inteiro em algum lugar, de que precisamos falar sobre tal coisa e lutamos por isso, o resultado é potente e você pode se surpreender com você.

 

Ainda no cinema, o que podemos esperar da Dra. Weber no novo filme Albatroz? Quem é essa mulher e em que contexto está inserida? A Dra. Weber é uma neurocientista que faz experimentos. Ela fotografa sonhos! Mas não é uma pessoa confiável!

Quando está com tempo livre o que te distrai? O que mais gosta de fazer? Eu leio, saio andando… Penso. Fico em silêncio pensando. Vejo filmes. Namoro. Tenho boas conversas…

Para te conquistar um bom começo é… Ser inteligente…