CAPA: PAULO LESSA NA CARA E CORAGEM

Para quem acha que Paulo Lessa é uma “cara” nova na TV, está bem enganado. O cara que está dando vida ao agitado Ítalo de ‘Cara & Coragem’ já tem uma boa bagagem na TV, e só para ressaltar ele interpretou um imponente General em ‘Gênesis’ (Record). Meio que pelo acaso do destino, veio o teste para a novela da Globo, tendo como parceiros os atores Taís Araújo, Marcelo Serrado e Paolla Oliveira. Interpretando seu maior personagem na TV, Paulo tem tirado de letra com seu talento e simplicidade que encara a profissão. Cria de Copacabana, nas horas vagas, uma boa partida de futebol, – uma de suas paixões e quase carreira antes de ser ator, e uma boa (e docinha) caipirinha.

Paulo, de repente uma substituição, o convite, testes e início de gravação para interpretar o Ítalo de Cara e Coragem. Como foi tudo isso para você? Então, o convite foi da produtora de elenco que me procurou diretamente, me convidando pro teste. De início, seria outro ator, mas rolou uns problemas e eles reabriram os testes, sendo virtual por conta da pandemia! Abrir essa oportunidade para novos atores foi ótimo. Quando eu soube que o teste seria com Tais, aí que o nervosismo veio, mas, no fim, tudo ocorreu bem!

De General careca em Gênesis (Record) para um segurança cabeludo atualmente. Como foi encarar perfis e um visual tão diferente para esses dois personagens? Então, eles têm uma diferença enorme de visual, realmente! (risos). No caso de Gênesis, possui um contexto histórico, né? Eu sou ator e estou completamente disponível para o meu trabalho, gosto muito de passar por essas mudanças. Foi fantástico, uma fase gostosa, me deixava completamente dentro do personagem. No caso do Ítalo, é uma quebra de estereótipo, né? As pessoas acostumadas a ver o guarda – costa, o segurança como homens fortes, de cabeça raspada ou mais curto, esse visual vem quebrando estereótipo até para outras profissões, né?

Após cinco anos, como é voltar à Globo, só que dessa vez como um dos grandes destaques da novela das 19h? Sinceramente, é difícil ter uma noção da proporção do trabalho. É a primeira vez que faço um personagem desse tamanho, e eu espero que abram novas portas pra mim. Tô tendo oportunidade de mostrar meu trabalho – um personagem com mais camadas, envolvido na trama. E que abram mais portas pra mim e para outros também. Acaba que sou uma “cara” nova, estão apostando em um ator que não teve tantas oportunidades assim. Que abra essa porta e possam confiar em novos atores – tem tantos atores talentosos e com capacidade de segurar essa responsa também.

Indo lá pro início… verdade que você quase seria jogador de futebol de um time europeu? Se arrepende? (risos) Eu tentei até meus 17/18 anos assim como muitos meninos brasileiros. Tive oportunidade de fazer teste fora do Brasil e na época, minha mãe não deixou com medo das incertezas que a carreira tem (risos)! Dentro da vida de modelo, fazendo publicidade, comecei a conhecer esse mundo artístico e me interessar. Então, naturalmente fui indo, estudando, fazendo cursos e as oportunidades foram aparecendo.

Como você fala, antes de ser ator você trabalhou como modelo por um tempo até se dedicar a carreira de ator. Como foi essa transição e esse início da carreira de ator? Minha carreira de modelo veio muito espontâneamente, como tudo na minha vida. Quando a carreira no futebol não aconteceu (risos), eu comecei a fazer alguns testes de publicidade para marcas e a partir daí, segui a carreira como modelo. Sempre tive muito contato com artistas que eram clientes da minha mãe na casa Afrodai. Então, aos poucos, fui estudando e conhecendo mais essa vida artística, frequentando teatro, buscando cursos e entendendo tudo isso melhor. Quando então entrei para a Oficina de Atores, que na época você recebia, já era um trabalho de carteira assinada, tudo direitinho. 

E quase chegou a ser fisioterapeuta…Ficou alguma coisa dessa fase que você aplica no dia-a-dia? Para ser sincero, ficaram algumas amizades (risos). O curso de fisioterapia não tinha nada a ver comigo, e foi um período em que, paralelamente, eu já trabalhava como modelo. Já tinha começado alguns cursos de teatro, já estava completamente seduzido pela arte. Fazia faculdade mais para agradar a minha mãe e minha família e o que eu posso dizer é que fiz boas amizades. Óbvio que conhecimento não se joga fora, mas não é algo que eu use no meu dia a dia.

A paixão por futebol continua nas cores do Flamengo? A paixão pelo futebol sempre foi o Flamengo e não vai mudar – sou fascinado, faço coleção de camisas do Flamengo. Sempre que posso, vou aos jogos ou assisto de casa. Nessas épocas de gravação, eu fico alucinado, pois nem sempre dá para acompanhar. A gente perde o horário dos jogos gravando, mas, enfim, é um amor incondicional que eu tenho.

Como bom carioca é samba, praia e cervejinha gelada com os amigos? Como bom carioca, nascido em Copacabana, eu amo praia, amo samba, a cervejinha gelada que eu deixo pra lá, não sou muito álcool, mas até gosto de uma boa caipirinha, bem docinha… eu gosto! Agora praia, futebol e caipirinha com os amigos é sempre bom (risos).

E como é Paulo Lessa pai de menina? A paternidade é algo avassalador, muito forte.  É uma transformação a cada dia! Minha filha tem um ano, ela transformou minha vida de um jeito incrível, assim. Ela me dá um gás, eu tenho um novo estímulo a cada dia –  não tá sendo fácil por exemplo, fazer a novela e ter a rotina que é muito cansativa, mas que muitas vezes eu supero por uma simples lembrança dela. É um desafio diário como pai, família… E serviu pra eu e Cindy nos aproximarmos mais ainda. A gente vem curtindo muito essa aventura de ser pais, a descoberta de algo novo todo dia. A gente desperta um amor que a gente não tinha noção. É muito emocionante e desafiador e que a gente supera muitas coisas pelo amor que você sente pelo serzinho e a família que se formam.

Quando não está gravando, o que curte para relaxar? Sou muito fã de futebol e estar com meus amigos. Sou cria de Copacabana. Então, eu vivo na praia, nem que seja pra dar uma corrida ou caminhada, eu gosto de ter o contato com o mar, gosto muito de receber amigos e família em casa, coisa simples. Gosto muito dessa relação familiar!

Se considera um cara muito vaidoso? Do que não abre mão? Me considero um cara vaidoso, estou com um cabelo que exige uns cuidados né, que é diferente do que você ter uma cabeça raspada, por exemplo. Mas uma coisa que não abro mão e pelo qual eu sou fascinado é um bom perfume. Eu coleciono perfume e adoro perfumes – estou sempre perfumado, seja para ir comprar pão, ir à academia ou ir gravar. Tenho até uma curiosidade, eu tenho um perfume específico para o Ítalo, meu personagem.

Para encarar o corre-corre de Ítalo teve que melhorar o condicionamento físico? Como se cuida? Ele é um cara muito preparado né? Ele é um guarda-costas, um instrutor de parkour. Então, eu tive que me preparar mesmo, até para manter o dia a dia. A gente grava todos os dias, em um ritmo bem acelerado! Eu adoro correr, adoro academia, tenho um treinamento funcional que eu faço na praia do Leme que eu adoro, voltado para o condicionamento físico mesmo!

Qual seu pecado favorito? Não resiste a que? Meu pecado favorito é a gula (riso). Uma coisa que eu não resisto e que, às vezes, até pelo condicionamento físico, é o chocolate. Se tiver chocolate em casa eu detono tudo!

Quem é Paulo Lessa hoje no “pós-pandemia”? O Paulo Lessa nos dias de hoje, é um cara que respeita e entende ainda o momento que estamos vivendo e passando – os protocolos continuam. Faço teste dia sim outro não na Globo, antes de gravar. Minha filha ainda é bem nova, então a gente mantém um cuidado com ela e vamos tentando relembrar o “normal” que já foi um dia, né? Mas acredito que não só eu, mas mudou muita coisa internamente na gente, sobre o olhar com o outro, o cuidado, empatia, os descasos!

Fotos Jorge Bispo

Styling Babi Louise

Grooming Brenno Melo

Assessoria Nova Comunicação