ESTRELA: Juliana Schalch, a gata da série “O Negócio” está de volta ainda mais provocante

Juliana Schalch é solar, é alegria em viver. E essa intensidade toda, essa entrega, percebemos quando assistimos ela atuar. Seja na TV, teatro ou cinema. Sempre pronta a colocar em prática o seu olhar sobre o ser humano, Juliana encontra em seus personagens um pouco de si e recebe delas um pouco de vivência de algo novo. Naturalmente sexy e de bem com a vida e sua profissão, Juliana volta à telinha com sua personagem Luna na série “O Negócio” para uma terceira temporada. E mais uma vez ela conquista o público com uma personagem apaixonante. Isso é Juliana, apaixonante!

Juliana, depois de duas temporadas de sucesso com a série “O Negócio”, na HBO, em breve você voltará com a personagem Luna. O que podemos esperar? Essa temporada da série será surpreendente. As personagens atingiram um alto nível de sucesso nos seus negócios e, por isso, terão que enfrentar problemas talvez maiores do que imaginaram ter que lidar um dia. Apesar do sucesso, há outras questões na vida delas que precisarão de atenção – o público vai chegar mais perto de sentimentos delas. A temporada está bastante diferente das outras e tão divertida quanto.

 

“O Negócio” foi “case” de audiência na América Latina e está sendo exibida também na HBO dos EUA. A que você atribui esse sucesso todo da série? A série é muito bem produzida e conta com um roteiro muito bom. A direção, super cuidadosa, provoca um jogo muito bacana entre os atores. Acho que a série foi muito feliz na maneira como conta essa história e, a cada temporada, tem a capacidade de se renovar e surpreender. A série aborda a sexualidade e a sensualidade de maneira natural e sem vulgaridade. Temos um grande público feminino e muitos casais assistem juntos a série. Talvez essa seja também uma das razões do sucesso.

Além disso no segundo semestre você estreia “Sem Volta”, também uma série, só que dessa vez na Record. Seguindo a receita das séries americanas e fugindo do formado de novela, esse tem sido um produto de entretenimento cada vez mais popular. Como você vê isso? Por que esse sucesso das séries no “país das novelas”? O formato de série tem ganhado muito espaço no Brasil. É um formato que permite um ótimo desenvolvimento das histórias, de uma maneira objetiva. Permite que, a cada temporada, as coisas se modifiquem e amadureçam. “O Negócio”, por exemplo, está na sua terceira temporada e, de um modo geral, tudo melhorou. Equipe, atores, roteiristas, diretores, produção… Tudo foi melhorando e crescendo. A oportunidade de participar de um trabalho que tem essa continuidade me deixa muito feliz. Diferente de uma novela, eu me despeço da Luna, minha personagem na série, quando acaba a gravação da temporada e só a reencontro quando a temporada estreia na televisão. Nesse meio tempo, eu me modifiquei e ela (Luna) também se modificou. A diversão está em todo esse processo. Acho que pela quantidade de episódios, o público não se cansa dos personagens e nem da história. As séries também te dão a possibilidade de acompanhar mais o desenvolvimento da história, diferente de um filme, por exemplo.

Sua personagem Luna, tem a sensualidade e o humor na dose certa. Em algo ela se parece com você? Pegou algo da Luna para sua vida? Acho que, sempre que nos aproximamos de um personagem para interpretá-lo, emprestamos um pouco de nós e nos modificamos um pouco com ele. De uma certa forma, tem algo da Luna em mim e algo meu na Luna, sim. Ela foi meu primeiro personagem com esse toque de humor, aprendi muito com isso, me soltei mais, fui aprendendo a deixar a vida mais leve. Em relação a sensualidade, também sinto que ela me modificou no sentido de me deixar mais consciente e livre. É uma personagem delicada e firme que me fez crescer muito.

 

Você parece ser alto astral e de bem com a vida. Procede? A gente tá aqui nesse mundo para ser feliz! Felicidade se planta a todo momento. Procuro, ao máximo, a harmonia e o bem estar nas coisas que faço e com as pessoas à minha volta. Acho isso muito importante e me dedico a buscar, o quanto posso, esse alto astral. Bom humor facilita e melhora tudo!

O que te encanta e o que te tira do sério? Como se agrada Juliana? O que me encanta é gentileza, olho no olho, bom humor, educação, generosidade… O que me tira do sério é injustiça, é falta de respeito com o outro e mesquinharia. É muito fácil me agradar. Gosto de ver o melhor nas pessoas e, para mim, todo mundo é legal até que me mostre o contrário. Sou um pouco desconfiada, mas me encanto fácil e dou risada fácil também.

Na Globo seus últimos trabalhos foram na série Brado Retumbante e A Teia, dois trabalhos mais sérios e densos. Se sente mais ou menos confortável em papéis mais densos? Como foram as experiências? Eu amei esses trabalhos na Globo. Foram duas minisséries ótimas e que me deram muito orgulho fazer parte do elenco. Me sinto confortável em personagens densos, gosto de explorar o humano, gosto de buscar o que tem de profundo e de belo. O bacana do formato série ou minissérie para o ator é que, desde o início, você já sabe de onde parte seu personagem e qual sua trajetória até o final. Isso permite uma investigação profunda sobre ele.

Quando quer relaxar e desopilar o que curte fazer? Filmes, livros, música…tudo? Gosto de estar entre amigos, de ver um bom filme, de dançar e de tocar violão, embora eu não seja lá muito boa nisso ainda. Quando estou gravando, acho muito difícil me concentrar em uma leitura, por isso, tenho lido menos do que eu gostaria. Nesse caso, prefiro as atividades mais práticas. Gosto de cantar, de ir para à praia, de caminhar, de tomar um bom vinho…

Você transmite ser naturalmente sexy. Você se vê assim? Difícil falar, mas acho que sim… Entendo a sensualidade como algo que vem da sua beleza interna, da sua felicidade, da sua vivacidade e da troca que você se permite estabelecer com as pessoas. Quer dizer, não estar muito fechada em si mesma. Acho também que tem a ver com liberdade e aceitação.

Que “armas” usa na hora de conquistar e ser conquistada? O bom humor e olho no olho. São fundamentais.

Está namorando? Se sim, o que ele fez que te conquistou? O que o cara precisa ter ou fazer para atrair sua atenção? Sou casada há 8 anos e o meu marido, Henrique Guimarães, também ator, me conquistou por ser como ele é. Para mim, não existe cartilha para uma pessoa ser interessante. Acredito mais na coisa da pele, do olho, da verdade. Eu poderia dizer que precisa ser alegre, inteligente, bonito, mas acho que não é isso. A gente se interessa por alguém que nos faz compreender algo da gente mesmo. Algo que nos falta ou algo que a gente tem. É brilho no olho, toque, cheiro, criatividade…

Como lida com o espelho? É muito vaidosa? Qual seu limite? E homem vaidoso, qual a medida? De maneira natural. Prefiro sempre conservar esse lado mais pé no chão. Caso contrário, o espelho vira uma necessidade absoluta e a gente fica refém da imagem. Sou vaidosa sim e acho que todo mundo deve ser um pouco, mas sem exageros e sempre dentro do equilíbrio. Digo o mesmo para o homem. É bom achar um meio termo: nem demais e nem de menos.

Fora atuar, se vê fazendo mais o que para viver? Gosto muito de estudar o ser humano. Fiz alguns anos de faculdade de Psicologia que parei para concluir a de teatro. Se fosse para ser outra coisa, eu seria isso mesmo, terapeuta. Conversar, ajudar a encaminhar questões, a curar dores e ajudar a encontrar a felicidade. Isso me estimula.

O quanto a arte representa na sua vida? Até onde iria por ela? Para mim, a arte representa um caminho para a liberdade, o encontro com sentimentos e sensações que, por vezes, ocultamos de nós mesmos – a possibilidade de se emocionar, de extravasar, o belo, o louco, o medo, o choro, o riso. Escolhi ser atriz por causa de um caminho também físico, de contato e entrega. Também danço e meu caminho como atriz começou na dança. Por isso, tenho algo de físico na minha arte. Eu atuo, mas só vou até onde meu corpo permite.

O que podemos esperar de Juliana para esse ano…? O que você espera de você mesma? Para este ano, tenho a estreia da série “O Negócio” que vai começar agora no dia 24 de abril. Também tem a estreia, no segundo semestre, da série “Sem Volta” que estou gravando no momento. No cinema, estarei no filme “Louco Amor”, dirigido por Marcos Schechtman, com Domingos Montagner e um elenco maravilhoso. O que eu espero de mim mesma? Mais… ir mais um pouquinho e conquistar, dentro de mim mesma, mais um pouco também.

Fotos Sergio Baia
Styling Amanda Lacerda e Camille Magalhães
Beleza Vivi Gonzo