Com mais de três décadas de carreira, Anna Lima já fez de tudo um pouco dentro e fora da TV. Das novelas para seu projeto mais atual, o Mapa da Lima com dicas que só nossa estrela pode dar. .”Surgiu porque eu sou aquela amiga que sempre tem uma dica — seja pra pintar uma casa, escolher uma maquiagem ou resolver qualquer coisa. Sempre dizem: “Fala com a Aninha!”. Comentou Anna durante o nosso papo que falou desde a carreira como atriz até beleza, vaidade e conquistas. Apaixone-se por esta mulher alto astral de olhos marcantes.
Nos conte um pouco sobre o Mapa da Lima. Como surgiu a ideia dos vídeos? E poderia nos dar spoilers dos conteúdos que vêm por aí? O Mapa da Lima surgiu a partir da ideia de um livro meu, que está em andamento, chamado “Manual Prático de Como Sair de Roubadas”. E claro, minha madrinha querida, minha grande amiga e irmã, Thalita Rebouças, me falou: “Aninha, antes desse livro sair, você tem que fazer isso em audiovisual, colocar seu carisma, seu humor, seu jeito de ser.” E assim, o nome mudou para Mapa da Lima. Um outro amigo, Carlinhos Vieira, que sempre me ligava pedindo dicas, falou: “Eu não saio de casa sem consultar o Mapa da Lima.”Surgiu porque eu sou aquela amiga que sempre tem uma dica — seja pra pintar uma casa, escolher uma maquiagem ou resolver qualquer coisa. Sempre dizem: “Fala com a Aninha!”. E sobre os spoilers… Vem dica de como reformar chinelo de dedo, como tirar etiqueta colada da taça de vidro, maquiagem prática, truques do dia a dia e muita coisa boa!
O universo da saúde, bem-estar e do autocuidado faz parte da sua rotina e da sua imagem pública. Quais cuidados você considera essenciais? Quais exercícios pratica? Faz terapia? Fazem sim, parte total da minha vida! Eu considero essenciais a vaidade — no seu sentido saudável — e o autocuidado. A vaidade só atrapalha quando começa a brigar com a sua saúde. Caso contrário, ela é superválida! Faço terapia e considero essencial reservar uma hora da semana para olhar pra dentro, organizar o que você pensa, o que sente e como age. Muitas vezes estamos tristes sem nem entender o motivo, porque jogamos muita coisa pra debaixo do tapete… A terapia te ajuda a fazer esse alinhamento interno. É necessário, saudável e um privilégio pra quem pode fazer. E hoje o acesso está bem mais fácil, inclusive para quem tem menor renda. Sobre atividade física, faço musculação, yoga e spinning. Vou alternando de acordo com a minha necessidade e disponibilidade. Exercício físico é fundamental pra mim. Preciso dessa dose de endorfina e serotonina, que são hormônios comprovadamente liberados no cérebro quando nos movimentamos.
Com filhos já crescidos e seguindo seus próprios caminhos, como é pra você viver essa fase mais madura da vida, tanto como mãe quanto como mulher? É uma fase engrandecedora e muito gratificante. Sempre que alguém me fala que envelhecer é ruim, que é ladeira abaixo, eu respondo: “O difícil foi chegar até aqui!” Isso sim foi desafiador. A recompensa é olhar pra trás e ver o privilégio que é acompanhar meus filhos — homens agora — seguindo seus próprios caminhos, formando suas famílias. Afinal, o oposto de envelhecer é morrer. Então, envelhecer pra mim é um privilégio absoluto. E como mulher, digo a mesma coisa. A maturidade — que, sim, é uma escolha — é libertadora. Traz uma calma que não se tem aos 20 ou 30 anos. Você percebe que o mais difícil foi subir a montanha… E quando me dizem que agora é ladeira abaixo, eu respondo: “Pois então, eu vou descer apreciando a vista!”
Você tem abordado a menopausa com leveza e inspiração. Quais dicas daria para as mulheres que estão passando por esse tão “temido” momento? Adoro trazer leveza pra esse tema, sim! Quando somos crianças, ninguém chega pra gente e diz: “Olha, você está ferrada quando ficar mocinha, quando menstruar…” Então, por que tanto medo da menopausa? Não tenham medo, mulheres! Se aliem a ela. A medicina está superavançada. Quando entrei na menopausa, há quatro anos e meio, tive muitos medos. Mas logo percebi quantas ferramentas temos disponíveis. É só uma nova etapa. A menstruação se despede — e, sinceramente, eu não sinto falta!
É um momento de se adaptar, de se moldar a essa nova fase. Como já falei, o mais difícil foi subir a montanha. Chegar até aqui é sinal de que estamos vivas. Então, agora é hora de curtir essa etapa, apreciar a vista e se preparar pra seguir da maneira que escolhermos. Busque tudo de melhor que a medicina oferece: exercício, alimentação, saúde emocional, autoconhecimento. Desfrute! Porque ainda temos muitos e muitos anos pela frente, com muito pra viver, pra aprender e pra realizar.
Seu estilo sempre chama atenção pela mistura de elegância com uma pegada despojada. O que não pode faltar no seu guarda-roupa e como a moda traduz quem você é hoje? Muito obrigada pelo elogio! A moda me traduz no conforto. Mais do que roupa, pra mim, elegância tem a ver com postura, com presença. Eu visto o que me faz sentir bem, o que me deixa confortável — e, às vezes, sim, com uma pitada de ousadia, desde que me traga conforto e bem-estar.
Você tem mais de três décadas de carreira. O que a Anna de hoje diria para a Anna lá do início? Faria algo diferente? E quais os planos no ramo da atuação? “Tá com medo? Vai com medo mesmo.” Essa frase me acompanha desde um momento muito difícil da minha vida. Ouvi da Camila Madro, numa aula em que chorei muito. Na saída, quando ela fechava a porta do hall, abriu de volta e me disse: “Sensação de beira de abismo, né?” Eu, naquele momento, com um filho pequeno no colo, havia perdido meu pai recentemente, apenas acenei com a cabeça. E ela completou: “A vida, diferente disso, é um marasmo. Pega esse medo, joga pra cima e se movimenta! Se movimenta.” E é isso que eu levo pra vida. O movimento é o que faz as coisas acontecerem. Sempre procurei enxergar, em qualquer crise, uma oportunidade de mudança. Crise e oportunidade caminham juntas. Por isso, não deixe o medo te paralisar. Segue em frente! Nos planos da atuação, eu, Tadeu Aguiar e Eduardo Barque estamos finalizando nossa série para streaming, “O Negócio de Casamento” — um projeto 100% nosso, um voo solo dos três. Atuei, fui assistente de direção, Tadeu dirigiu e o roteiro é do Eduardo. Temos grandes participações: Sylvia Massari, Vera Fischer, Jacqueline Laurence, e a trilha sonora é assinada por Guto Graça Mello. Tô aqui, nesse friozinho na barriga, ansiosa pro lançamento dessa série, que é um projeto muito especial pra nós três.
Onde mora a real beleza? E como você cuida dela? A real beleza, pra mim, mora dentro. Está no coração, na capacidade de se refazer, na resiliência. E como eu cuido dela? Com muito amor e, principalmente, com coragem — que, aliás, significa exatamente isso: agir com o coração. Meu maior cuidado é sempre de dentro pra fora.
Você é muito vaidosa? Do que não abre mão? Sou vaidosa, sim — mas de forma saudável. Nunca deixo que a vaidade atrapalhe minha saúde. Eu não luto simplesmente por um corpo bonito — embora goste, sim, de me olhar no espelho e me sentir bem. Minha luta é pela saúde desse corpo. E se tem algo do qual eu não abro mão, é da minha felicidade. Ela é inegociável — seja pela vaidade, pela saúde ou pela beleza externa. Meu maior compromisso é com a minha felicidade. Também não fico perto de quem me coloca pra baixo. Porque, assim como energia boa contagia, energia ruim também. E faço questão de ensinar isso aos meus filhos: cerque-se de pessoas positivas. Isso faz toda diferença pra uma vida mais leve, feliz e cheia de sentido.
O que curte fazer quando está com tempo livre? Na verdade, eu sempre arrumo tempo livre! Amo estar com meus filhos, com meu namorado, gargalhar com meus amigos, falar bobagem, me divertir. Mesmo quando estou trabalhando muito, sempre acho uma brecha — nem que seja meia horinha — pra rir, pra conversar, pra viver momentos leves. O que eu mais amo fazer é isso: rir, curtir meus filhos e viver o amor.
Para conquistar Anna, basta… Humor, respeito e cuidado. Com pitadas cavalares de empatia e compaixão. Sempre! (risos)
Fotos Guilherme Lima
Styling Samantha Szczerb
Beleza Yago Maia
Agradecimentos: Nayane e Ana Aiube