CARREIRA: GISELLE MELLO E SUAS CONQUISTAS NA MEDICINA ESTÉTICA

Apaixonada por transformar vidas a partir da estética, sou a doutora Giselle Mello, 42 anos, e hoje vim aqui compartilhar com vocês um pouco sobre a minha trajetória. Nasci em Cuiabá e por lá morei até os 08 anos, e com a família, nos mudamos para Belém do Pará. Em uma aula de ciências, na oitava série, o professor mostrou as células humanas e ali nasceu a vontade de ser médica. De tão intenso, esse desejo começou a aparecer nas brincadeiras de criança, onde eu aplicava soro nas bonecas, e se transformou em um projeto de ciências que me motivou a escrever uma carta para o Globo Ciências.

A dedicação aos estudos tornou possível a minha entrada na Universidade Federal do Pará. Nesse momento, foi como realizar um sonho e por isso, eu querendo aproveitar todas as oportunidades, passei a estudar nas horas vagas e a aproveitar o tempo livre no laboratório. Doutor Cristóvão, ex-reitor da faculdade, responsável pelo laboratório de neurociência, percebeu meu interesse e me deu a oportunidade de orientar os novos alunos. Para entender o assunto, eu montava aulas, e compartilhava tudo com os alunos iniciantes. Estava tão apaixonada e envolvida, que logo comecei a participar das Ligas Acadêmicas percebi um caminho que poderia ser explorado. Comecei uma conversa com as ligas de outras universidades do país.

ESTUDO E DEDICAÇÃO

Um congresso de medicina que aconteceu em Brasília foi o estopim. Queríamos participar, era uma oportunidade de igualar conhecimento, de conhecer outros estudantes e estar parto de profissionais que admirávamos, mas não tínhamos recursos. Foi então que, com a cara e coragem, procurei um vereador da cidade e consegui ônibus e alojamento para todos, e pra Brasília fomos. Depois disso, por votação dos alunos, fui eleita Presidente da Liga de Neurocirurgia e Neurologia, e o movimento em busca de conhecimento nunca mais parou. Participei de vários congressos nacionais e internacionais nesta área, até que me formei, mas aí os dilemas internos começaram: era isso mesmo que eu queria? Será que vou decepcionar as pessoas se eu mudar de área? 

Continuei estudando e fazendo novas especializações e estudei Terapia Intensiva. Uma grande paixão sempre foi salvar vidas, e nesse período trabalhei com pacientes graves. Foi um período muito complexo, pois lidar com a morte diariamente vai cauterizando a gente para a vida. Um momento decisivo foi quando eu estava cuidando de um paciente em estado muito grave em um hospital do Pará, e chegaram cinco homens e terminaram a execução ali, na minha frente. Esse foi o momento que eu disse “deu pra mim”.

Comecei uma nova pós, medicina estética. Minha avó teve uma indústria de cosméticos, Cheiro do Amazonas. E assim que iniciei nessa área, uma memória afetiva se abriu. Me lembrei, de eu ainda criança, cheirando os produtos, experimentando, acompanhando a produção, ouvindo as conversas sobre qualidade das embalagens…as memórias vieram todas de uma vez. Eu, sendo uma pessoa muito criativa, alegre e feliz, rapidamente me conectei com essas lembranças, e entendi que proporcionar uma mudança estética para as pessoas está intimamente ligado com tudo isso. E me apaixonei realmente pela área.

Me mudei para São Paulo e claro, no começo foi muito difícil entender os códigos da cidade, mas rapidamente comecei a trabalhar em um hospital fazendo procedimentos dermatológicos. Essa foi uma época de dedicação total, trabalhava das 8h da manhã até meia noite, minha intenção era aprimorar meus conhecimentos o máximo que eu pudesse, queria alcançar a perfeição. Foi aí que conquistei minha segurança técnica, mas ainda muito novinha, precisava conquistar a confiança das pessoas. Nessa época eu já estava estudando as tecnologias menos invasivas oferecidas pelos fios de sustentação, estamos falando aí de 2014, 2015. Um momento muito importante foi quando conversei com meus parentes, pedi para eles comprarem os fios que eu faria o procedimento sem custo. Eles rapidamente concordaram, e foi um sucesso.

DOM E ESFORÇO = RESULTADOS

Foi aí que percebi a diferença entre dom e esforço. Uma pessoa pode até ter o dom, mas se ela não treinar e aperfeiçoar, não vai dar tão certo. Depois disso as pessoas começaram a me procurar, tanto para serem pacientes, quanto para aprenderem a técnica. É aí que a gente percebe como as experiências se conectam, lá no início da faculdade eu aprendi a montar aulas, hoje eu dou cursos para médicos. Na Mello Clinic temos diversos tratamentos corporais, capilares, integrativos, mas óbvio, minha paixão são os fios de sustentação. Ao longo dos anos fui aperfeiçoando a técnica, que hoje é muito pouco invasiva e muda a vida das pessoas oferecendo ótimos resultados.

Eu utilizo fios absorvíveis, que proporcionam um rejuvenescimento natural onde o procedimento é rápido e praticamente interno, além de poder ser utilizado em várias partes do corpo como rosto, colo, barriga, joelho, glúteos… Qualquer pessoa acima de 18 anos, com a saúde em dia e com indicações muito óbvias, pode fazer. Não exige um preparo muito intenso, visto que se trata de uma intervenção mínima. Acredito que a maior preparação está relacionada à expectativa versus realidade. A pessoa deve entender que se tem 90 anos, não será possível voltar a ter o rosto que tinha aos 20, nem com o uso de fios, nem com nenhuma outra técnica.

O pós procedimento é muito leve. Tem gente que faz e já vai direto para o trabalho. Existe uma medicação que deve ser utilizada durante 07 dias, e também, nesse período, exercícios físicos ou grandes esforços, devem ser evitados. Transformações corporais mudam vidas, e eu sou prova do que falo, pois passei por uma muito importante, pois enquanto me dedicava ao trabalho, descuidava de mim. Com a desculpa de uma rotina intensa, eu comia tudo o que via pela frente, e claro, a balança gritou e nesse grito ouvi: 125 quilos. Eu não conseguia mais controlar minha pressão, dormia mal, tinha dor em todo o corpo.

Embora eu percebesse, a cada amigo que mencionava sobre o assunto, eu tinha raiva, negava, me afastava… Mas eu sabia que estava vivendo mal. Pensei até em passar por uma bariátrica. Teve um dia, que fui calçar um sapato e ele não entrou, pensei, será que o pé continua crescendo? Mas no fundo eu sabia que a gordura em volta do pé era o que me impedia de usar o sapato que escolhi. A pessoa, quando chega ao estado de obesidade, fica muito sensível, e normalmente faz uso da negação ao receber conselhos de amigos. Comigo não foi diferente. Mas nesse dia, foi o início da minha mudança. Eu, que sempre defendi práticas pouco invasivas, realmente não queria passar por uma bariátrica.

DESAFIOS PESSOAIS

E aí novamente, comecei a estudar. Reconheci que se eu tinha conhecimento técnico para mudar a vida das pessoas, eu podia mudar a minha, e assim, o fiz.

Pequenas atitudes me ajudaram a começar a perder peso, e quando pessoas ao redor me tomaram como referência, a responsabilidade ficou maior. Quando comecei a perder peso, tudo na minha vida foi melhorando. Comecei a me amar mais, levar a sério meus compromissos em geral, meus propósitos de vida. Entendi que se eu posso mudar meu sono e minha alimentação, eu posso mudar tudo o que eu quiser. Comecei a pensar mais em mim, sobre as minhas motivações…e aquele sapato finalmente entrou.

Foi então que criei o programa de emagrecimento, que tem como objetivo inicial ensinar a pessoa a emagrecer na mente. Nele, tem psicólogo, nutricionista e um acompanhamento de perto que apoia na mudança de estilo de vida e nas ansiedades que acompanham. Vejo que as pessoas estão esgotadas de chegar em um consultório e sair de lá com um monte de restrições, não precisa ser assim. Nosso programa tem a duração de 10 meses, onde nos 03 primeiros, trabalhamos intensamente na mudança de pensamento.  Alguns casos pedem medicação inicial, mas já deixo claro, que em breve ela será retirada, pois nosso foco está na reprogramação mental.

O que eu diria para uma pessoa que deseja emagrecer? Comece! Quando identificamos que estamos com obesidade, temos que dar foco a isso, então devemos começar, continuar e confiar no processo. Eu acredito que Deus abre portas. Toda a dedicação que tive nesse percurso me trouxe a possibilidade de conhecer pessoas incríveis. Desde que cheguei a São Paulo, fiz muitos amigos, que me trouxeram outros muitos.

Um dia, estava em uma gravação de um programa da Multishow, onde fui apresentada para os apresentadores. Na semana seguinte, estavam eles aqui na clínica. Hoje, eu olho para a pessoa, e sem ela dizer, eu já sei o que ela gostaria de cuidar. Fizeram procedimentos, indicaram para amigos e hoje eu atendo pessoas como Luiza Mel, Robson Nunes, Gianechinni, Luciana Gimenes, Jaque Cury, Dado Dollabela…entre muitas outras pessoas empresárias, atletas….gente que além de ser paciente, hoje considero amigo. E foram essas pessoas que me incentivaram a falar mais sobre meu trabalho. Profissionais da medicina são um pouco discretos quando tem que falar de si, mas esses meus amigos famosos me incentivaram e aqui estou, contando um pouco sobre mim para vocês.

E para saber mais sobre meu trabalho, você podem acessar meu site www.dragiselemello.com.br, meu insta onde deixo muitas dicas @dragisellemello, e também minha central de atendimento, que pode ser acessada pelo meu site e responde dúvidas pontuais sobre os procedimentos. Espero conhecer vocês, leitores da MENSCH, em breve!

Texto @biaferrerartes / Fotos @waldirevora / Produção e Styling @juhirschmann / Beleza @rafaelguapiano / Moda @camisariatereza