Luiz Henrique Nogueira é festa. Ri e faz rir fácil. Decidido vai em busca do que quer sem vergonha ou timidez. Brilha no teatro e na TV e não tem medo de expor ou defender suas ideias, desde que esteja bem certo delas. Isso é responsabilidade, pois como pessoa pública sabe que tem o poder de influenciar. Luiz Henrique torce o nariz para o preconceito, pra política do jeito que está e avisa: só tem cara de calmo. Vamos conhecer mais desse ator cheio de charme e muita inteligência.
Só depois de uma longa trajetória no teatro é que você ingressou na TV (na novela Sabor da Paixão). Foi ao acaso ou já era um desejo antigo e só faltava o momento certo? A televisão é sempre um dos focos do ator no Brasil, seja pela possível estabilidade financeira que só ela dá, seja pela visibilidade profissional. Sempre tive interesse em fazer TV, mas sempre pensei que seria mais fácil me sobressair numa novela sendo um ator mais consistente. Com o ritmo que a TV nos impõe, quanto mais experientes e seguros mais chances de acertar num trabalho em TV. Eu acredito nisso e foi assim na minha trajetória.
Nessa passagem do teatro para a televisão, alguma dificuldade no formato, na linguagem? Quais as particularidades de um e de outro? São veículos muito diferentes com um dia a dia muito diferentes e necessidades especificas. No teatro temos um mergulho mais profundo no trabalho, na personagem, na obra. Na TV temos um exercício diário de disponibilidade muito interessante. Entrar num estúdio e gravar 30 cenas completamente diferentes num único dia nos dá muita disponibilidade emocional pro jogo teatral também. Acredito que todos os veículos “engordam” o ator.É verdade que o papel do Sancho, em “Sabor da Paixão” de 2002, você ganhou porque ligou pra autora pedindo uma vaga na novela? Não. Eu mandei um email. (risos) E ela sem me conhecer me salvou da miséria!!! Eu tenho um altar pra Ana Maria Moretzhon na minha casa… (risos)
Até então seu grande destaque na TV tinha sido com o personagem Ubiracy de “Senhora do Destino”. Como você recebeu esse sucesso? Foi pego de surpresa? Totalmente. O Ubiracy era um personagem do elenco de apoio. Eu não tinha nem meu nome nos créditos da novela. Entrei no capitulo 38 e até o capitulo 95 era um personagem que entrava muito pouco nos capítulos. A partir do meio da novela (que era um grande sucesso de audiência) meu personagem ganhou destaque e foi um susto, mudando completamente meu dia a dia. Fique muito conhecido e isso se refletia na rua e no trabalho. Tenho um enorme carinho porque esse personagem foi um divisor de águas na minha carreira e até hoje lembram dele.
Você se acha um cara engraçado? O que te faz rir? O humor é fundamental na minha vida, no meu dia a dia. Meus amigos são muito engraçados. Eu rio muito no dia a dia e preciso que seja assim… e gosto muito de fazer rir também. Sou bobo!
Qual a sua preferência musical? Iria para um show da Chayzinha, por exemplo? (risos) MPB sempre. De Chico Buarque a Ivete Sangalo, sou capaz de me emocionar com qualquer tipo de música. Basta ser boa, independente do genero… Não chamo música nenhuma de brega… ou ela é boa ou ruim…
Você parece ser uma pessoa discreta e calma. O que te tira do sério? Política? Política, porque no Brasil é sempre feito de maneira suja (ainda), racismo, (o pior tipo de ignorância) e preconceito de qualquer tipo. Mas calmo sou só na aparência… (risos) Não sou uma pessoa nada calma… sou ansioso, pilhado, nervoso…..(risos)
Que mania (ou característica) que os homens têm e as mulheres nunca vão entender? Ah vaaaaaaaaaaaaaaaarias… (risos)… elas também tem varias que nós não entendemos… por exemplo, precisar sempre de uma amiga pra ir ao banheiro…
Depois da novela seu foco será… Teatro, teatro e teatro que não faço desde 2008!!!
Assistente de fotografia: David Zoega
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