ESTRELA: Deborah Secco, nossa mulher do ano

Deborah Secco há muito tempo é um dos nossos maiores sonhos, seja nas novelas, cinema ou em qualquer capa de revista em que ela apareça, sempre é um deleite para os sentidos. Não é à toa que aqui na MENSCH ela está irresistível em um belo ensaio feito no Brisa Barra Hotel, no Rio de Janeiro.

No universo da arte e da linguagem, em alguns momentos, só a poesia é capaz de expressar, delinear e pontuar um olhar sobre algo, alguma coisa ou alguém. Deborah Secco é a poesia completa dos extremos, dos paradoxos. Pontos de características unidos pelas diversas formas de sorrir, falar e expressar. Momentos que não se anulam, mas que se complementam e que unem menina e mulher, doçura e sensualidade, resignação e muito talento.

 

 

Deborah começou a trabalhar aos oito anos e não se arrepende. “Começar essa jornada cedo só acrescentou e me ensinou a lutar pelo que eu queria. Atuar sempre foi uma vontade minha. Na época, eu tinha que fazer muito esforço pra minha mãe deixar. Acredito muito no desejo de uma criança, pois se é um sonho tem que embarcar junto e não tolher. Hoje em dia, agradeço muito a ela (minha mãe), por ter acreditado em mim e, hoje, eu poder estar aqui”, conta.

Desde então, a atriz coleciona mais de 60 papéis dos quais se orgulha muito. Sua carreira iniciou com peças publicitárias, depois seguiu para o teatro com a peça “Brincando de Era uma Vez”, seguindo com o espetáculo “Sapatinhos Vermelho” na qual ganhou o Prêmio Coca-Cola, depois atuou em “Soldadinho de Chumbo”, “A Roupa do Imperador” e outras peças para adolescentes. Na TV, começou a trabalhar na Globo em 1989 na novela “Mico Preto”. Seguiu – por alguns anos – para a TV Cultura onde fez “Confissões de Adolescente”. Anos mais tarde, voltou para a Globo e fez a novela “A Próxima Vítima”. Mas, alguns papéis fizeram a diferença. “Tive e tenho uma carreira muito equilibrada. Fui crescendo aos poucos e cada personagem tinha personalidades tão distintas. “Confissões” foi no começo da minha carreira e foi minha escola, onde aprendi tudo. Depois, posso falar da Iris, de “Laços de Família”, foi um dos melhores papéis que fiz, foi um super presente porque ela, no início, não tinha essa força de vilã e, aos poucos, assumiu esse papel. A personagem ganhou espaço de má e isso, pra mim, foi muito enriquecedor. Foi um dos meus primeiros trabalhos e, de cara, me transformar numa vilã odiada, foi muito especial. Na verdade, acho que foi minha única mesmo, depois fiz algumas outras, mas sempre levando para o lado da comédia, nunca fiz outra como ela. Darlene de “Celebridades” foi muito importante pra mim, a Sol de “América” foi muito marcante também.”, explica.

 

No cinema, Deborah destaca a personagem Judith do filme “Boa Sorte” e a “Bruna Surfistinha” (filme que leva o mesmo nome), películas nas quais também foi co-produtora. “Pra você estar na frente das câmeras, é preciso ter muita noção do que é estar por trás. Ao estar por trás, seu trabalho tem que refletir bem na frente. A labuta do artista é generosa a tem que contar com parcerias. A gente tem que se ajudar. Eu nunca vou fazer um trabalho sem uma equipe. Jamais vou conseguir fazer um bom filme sem um bom time. Até os filmes que eu não produzi, eu me envolvi. Mas esses personagens (Bruna e Judith) como foram especiais, eu precisei de grande dedicação para compor. Acabou que de tanto me envolver, findou em co-produzir. Foram muito importantes para mim. Enterrei minha vida para fazê-los.”

Para Deborah, cada personagem vem junto com uma escola de aprendizado. Para encarnar a polêmica Bruna Surfistinha, a atriz passou por um intenso laboratório. “Conheci in loco as casas de prostituição em São Paulo. Primeiro, foram as de nível mais baixo, depois fui conhecer as de nível mais elevado, mergulhei de verdade aquele universo. Pra mim, é fundamental, sentir o cheiro real, enxergar aquele mundo com aquele olhar, com aqueles olhos. Isso é o que dá um entendimento ao que você sente e ao que você vai interpretar. Assim, o ator consegue conduzir o expectador ao mais próximo do que é real. Lembro demais daquele cheiro, daquelas cores, foi incrível. Foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida. Diante de tudo isso, é inevitável tirar lições de vida dos personagens. A profissão de ator permite a possibilidade de viver mais de uma vida, mais de uma história e aprender com elas. Assim como tirar lições com acertos, alegrias e tristezas também. Eu acho que o ator acaba amadurecendo de uma forma mais ampla”, revela.

 

Dona de um corpo escultural, faz da sua forma física um objeto de trabalho. “Se eu tiver precisando de algo que meu trabalho exigir, vou fundo, mas enquanto isso não é necessário, isso é algo secundário na minha vida. As pessoas se preocupam muito mais com isso do que eu. (risos)”. E quando questionada quanto ao rótulo de sex symbol, a atriz revela com muito bom humor, “Já odiei essa ideia, já fiquei lisonjeada. Hoje, falo que estou me despedindo dela. Graças a Deus consegui passar isso a meu favor e não ser usada por isso. Esse tratamento não conseguiu ser mais forte do que eu, do que minha personalidade. Foi algo a mais, e, confesso que eu não me acho nada demais como mulher. Mas, eu devo fazer bem por aí porque parece que eu convenço. Mas, na vida real, eu não tenho essa pretensão não, eu sei que isso está muito distante de ser verdade. Acho que foram muitos personagens que tinham essa nuance mais sensual e o público acabou acostumando com essa ideia, mas são só personagens.”, explica.

Segundo a atriz, ela está vivendo o momento mais feliz da sua vida. “É a fase em que eu consegui realizar e equilibrar tudo que eu sempre sonhei em ter e fazer. Vivi falando do que eu gostava e, para conseguir, eu me dedicava cada vez mais ao meu trabalho. Junto a isso, também expressava meu desejo de constituir a minha família. Hoje, principalmente depois que a Maria nasceu, eu consegui realizar esse sonho e me sinto plena, completa. Minha gravidez foi muito amada pelo público. Sempre fui muito transparente e acho que, com a felicidade, tem que ser assim mesmo”, finaliza.

 

Fotos Jorge Bispo
Produção executiva Márcia Dornelles
Stylist Ale Duprat  
Produção de moda Marcela Klimovicz
Beleza Everson Rocha
Tratamento de Imagem Octávio Duarte
Agradecimento especial
Brisa Barra Hotel 
(www.brisabarrahotel.com.br)
Av. Lúcio Costa, 5700 – Barra da Tijuca,
Rio de Janeiro / RJ, CEP 22620-172
Informações e reservas: (21) 3433-6600
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