FITNESS: Depois da folia, vamos correr para “secar”

Talvez você ainda não tenha percebido, mas um dos esportes que mais cresce no país é a corrida de rua e vários são os fatores que tem levado às pessoas a aderirem tal prática. A facilidade de acesso ao esporte, praticado em ruas, parques, praias, vias, academias, e por não exigir um alto investimento inicial, são alguns deles. Hoje, não é difícil encontrar propagandas de corridas de 5, 10 e 21 quilômetros e até maratonas (42.195 km), cada vez mais frequentes nos meios de comunicação, sendo esta uma aposta de diversas empresas para divulgação de sua marca, devido ao baixo custo e a associação de sua imagem a uma atividade saudável e de promoção da qualidade de vida.

É possível afirmar que correr traz inúmeros benefícios (reduções na quantidade de gordura corporal e concentrações de triglicerídeos, LDL e colesterol total, redução da pressão arterial pós-exercício, aumentos de massa magra e óssea, melhora do sono, aumento da autoconfiança e otimismo frente aos desafios, melhora da auto- estima, entre outros), fundamentados em grande quantidade de estudos, mas como toda atividade física, é necessária uma avaliação médica e treinamento adequado para sua realização.

Correr virou moda, afirmam alguns, mas a verdade é que um novo perfil de corredores tem surgido, e a maioria não possui como objetivo maior subir ao pódio e conquistar as diversas premiações oferecidas. Esse novo público corre em busca de saúde, qualidade de vida, diminuição do estresse, socialização e bem estar. Quando existe o desafio, este parece ser pessoal, especificamente, em melhorar seu próprio tempo. Nessa perspectiva, podemos dizer que as grandes corridas se transformaram em eventos de lazer. O problema é que, como citado anteriormente, as distâncias percorridas são longas e não podemos ignorá-las. Correr acima de 5 km exige muito do organismo e pode representar um risco à boa parte dos indivíduos, em especial aos que não seguem as recomendações básicas para inicio de qualquer atividade.

 

Antes de sair por ai correndo é imprescindível procurar um médico clínico ou cardiologista para fazer a devida avaliação, que inclui anamnese, exame físico geral e auscultas. Um exame complementar simples como eletrocardiograma é frequente realizado e junto com a consulta, já detectará a maioria dos problemas, doenças e fatores de risco que necessitem de avaliações médicas mais profundas.

Em casos específicos e dependendo da faixa etária, tabagismo, entre outras, o médico poderá solicitar o teste ergométrico, e/ou eco cardiograma e demais que julgar necessário. Um profissional de educação física também é indispensável, pois é a prescrição do treinamento que pode minimizar à alta incidência de lesões desse esporte, que chega a atingir 60% a 90% dos praticantes em dois anos e são geralmente causadas pelo excesso de volume empregado no treinamento (grandes distâncias percorridas), aliado a falta de um programa de fortalecimento muscular e articular que poderia ser feito na musculação, por exemplo.

 

Uma peça importantíssima são os tênis, definitivamente o mais importante para corredor, e têm de ser escolhidos com cuidado. O primeiro requisito para um tênis de corrida é ter um ajuste confortável e bem almofadadas. Tênis com amortecedores e que permitam os pés transpirarem também são características importantes.

Portanto, seja qual for o seu objetivo com a corrida, seguir estas recomendações lhe proporcionará uma prática mais segura e com riscos diminuídos, para que você desfrute de todos os benefícios físicos e psicológicos desse prazeroso exercício. E ai, vamos correr?