MÚSICA – O que ouvir esse mês: de Solange a Enigma, passando por Dead or Alive e Sofi Tukker

Fizemos uma seleção que está rolando de mais atual e cool para você conhecer e embarcar nessa viagem musical esse mês. Conheça e curta o som de Solange, Enigma, Dead or Alive e Sofi Tukker.


SOLANGE – A SEAT AT THE TABLE (2016)

Solange (que até deixou de usar seu famoso sobrenome “Knowles” para se distanciar ainda mais da sombra da sua famosa irmã Beyoncé), lançou um dos melhores álbuns de 2016. Bem distante dos hits pop-coreô ou de encabeçar a lista da Bilboard, “A Sea at The Table” é um banquete sonoro, calmo e empoderado, que fala abertamente sobre racismo, tudo embalado acusticamente pela sua doce voz. Já avisamos que este é um álbum pra se degustar suavemente, afinal são quase 21 faixas entre interludes e músicas. Mas depois da primeira audição você constatará a beleza impar desta obra-maestra que Solange levou quase 5 anos para finalizar e nos presentear.

Ouça:

ENIGMA – THE FALL OF A REBEL ANGEL (2016)

25 anos depois do lançamento do primeiro álbum de estreia (“MCMXC a.D.”) o projeto “Enigma”, inovava a dance music fusionando o eletrônico com os tradicionais cantos gregorianos. Agora a mente por trás do projeto (o romeno-alemão Michael Cretu) volta com seu oitavo disco, “The Fall of a rebel Angel” após um hiato de oito anos, desde o penúltimo “Seven Lives Many Faces”.  Na nova obra (sem grandes novidades experimentais), Enigma destila nas 12 faixas sua aura de mistério e religião, misturando agora seu pop-ambient com pitadas do contemporâneo dubstep. Você até terá a sensação deja-vu deste álbum com relação aos anteriores (porque no fundo não trazem nada de novo ou inovador em relação a sua própria discografia). Mas a produção musicalmente impecável, tão cheias de detalhes, densas camadas de instrumentos e muito surround apenas percebido com o uso de bons headphones, por isso por si só já merece uma audição.

Ouça:



DEAD OR ALIVE – YOUTHQUAKE (1985)

Em outubro passado mais uma figura ímpar e de extrema importância para o cenário musical partiu deste mundo encabeçando a extensa lista de perdas de estrelas da música que nos deixaram neste triste 2016. Pete Burns a cabeça, o corpo e a imagem andrógina da banda inglesa icone do synthpop inglês “Dead or Alive” lançou sua obra maestra em 1985: “Youthquake”, onde na capa já vinha com a linda imagem doo fotografo Mario Testino, e nove músicas que ficariam pra história. Claro que sempre lembraremos do seu eterno smash-hit “You spin me round” (que é tocado incansavelmente até hoje), mas ainda temos que destacar neste álbum as faixas “In too deep”, “My Heat goes Bang” e “It´s been a long time”. 

Ouça:



SOFI TUKKER – SOFT ANIMALS (2016)

A dupla (Sophie Hawley e Tucker Halpern), de Nova York, fazem um “Indie Tropical Deep House” pop, chiclete porém bem cool. Eles vem emplacando um single atrás do outro sem dar descanso para as pistas. O primeiro “Hey Lion” chamou atenção para a sonoridade tropical, mas foi com o segundo single “Drinkee” que eles explodiram para o mundo (inclusive aqui no Brasil). “Drinkee” cantada em português com forte sotaque gringo, tem letra (quase um mantra) do escritor carioca Chacal, onde a dupla recita os versos de poema “Relógio” (“com Deus me deito, com Deus me levanto, eu bato um papo eu bato um ponto, eu tomo um drink eu fico tonto”). Acabam de lançar o terceiro single “Awoo” que tem participação de Betta Lemme e promete o mesmo sucesso. Em resumo compre o E.P. Com as 6 incríveis faixas, porque ele não irá sair do seu sound-system durante os próximos meses.

Ouça: