CAPA: Gabriel Leone, o Miguel de “Velho Chico” conquista o público e a crítica com um belo trabalho

 

Quem vê o jovem Gabriel Leone enfrentando o Coronel Saruê com toda a garra e verdade na novela “Velho Chico” não imagina que o ator está em seu segundo grande papel de destaque na TV tamanho o desempenho e talento. Gabriel dá sinais explícitos que tem garra para ser uma promessa certeira de um ator promissor. Totalmente dedicado ao atual trabalho, Gabriel segue de forma simples sua vida. Sem se preocupar com fama ou badalações, prefere passeios culturais e companhia da família e amigos. Sorrateiramente vai construindo sua história e com o talento dramático que tem vai conquistando a todos, dentro e fora da TV.

Gabriel, o Miguel (de Velho Chico) é um cara arretado não é?! Como tem sido para você fazer esse personagem? O Miguel vem de uma linhagem de heróis do povo, de idealistas, e cada vez mais concretiza sua força. É um personagem com muitas camadas, que experimentou extremos emocionais. Todo dia um novo desafio, um novo aprendizado. É uma delícia!

 

O Miguel tem umas ideias empreendedoras que envolve técnicas agrárias avençadas que tentam unir o homem e a terra de maneira harmônica. Você já tinha se dedicado a esse tipo de assunto? Te despertou algo com esse personagem? Eu tinha a noção básica sobre as causas ambientais, o censo comum. Fiquei fascinado pela agricultura sintrópica a partir do contato que tive e virei um defensor dessas ideias. Com o aprofundamento, entendi a situação alarmante da natureza. Quando vi o estado do Rio Doce ao vivo, por exemplo, foi um choque.

Seu personagem é um difusor de novas ideias e pensamentos numa mídia popular como a TV. Essa também é a função do ator fora entreter. O que você quer com sua arte e até onde espera que ela te leve? Além de entreter, temos a possibilidade de gerar reflexão e de conscientizar. Espero poder sempre estar em projetos que acredito, falando sobre o que acredito.

Em seu segundo papel de destaque na TV, você já chegou com força dramática que poucos atores iniciantes conseguem. Como você encara isso? Que desafios isso te traz? Meu tesão como ator é poder viver outras vidas e as situações, às vezes não vividas por mim, dos personagens. Gosto de me mudar na composição e de extrapolar meus limites em cena.

 

Você acha que essa carga dramática você trouxe do teatro? Afinal foram mais de 10 peças até hoje. E olhe que você só tem 22 anos. O teatro foi minha base. Eu acho muito importante como exercício de reciclagem para o ator. Não consigo ficar muito tempo longe do palco.

Seu primeiro papel de destaque na TV foi na novela “Verdades Secretas”, que abordava temas mais pesados como drogas e prostituição. Como foi na época encarar o Gui e seus dramas? Era um mundo desconhecido pra mim, foi um processo muito interessante. Passei um tempo em São Paulo, visitei escolas de classe alta, observei muito o sotaque e o comportamento dos jovens paulistas (ricos).

 

Saindo um pouco da TV, você participou do musical Chacrinha no teatro e no cinema encarnou o cantor Roberto Carlos. Como foi isso e no caso a música te ajudou nisso tudo? Foram experiências incríveis, sou fã do Roberto. A música foi fundamental como mais uma ferramenta pra compor o Rei em dois trabalhos tão distintos.

Voltando para o início, como foi seus primeiros passos? Sempre quis ser ator? Comecei por acaso. Subi ao palco aos 15 anos pra fazer um trabalho de classe, como Cazuza. Não desci mais. Amo minha profissão.

Desde a época de “Malhação” até “Velho Chico” percebe-se uma grande evolução no seu trabalho. Como você avalia sua trajetória? Me dediquei ao máximo em todas as oportunidades que tive e sinto que trago muito aprendizado de cada uma delas. Todas foram e continuam sendo muito importantes.

 

Quem foi ou é sua referência na carreira de ator? Alguém que você admirava como telespectador que hoje em dia se vê contracenando com ele(s)? Muitas referências! Nesse trabalho tenho a honra de contracenar com Irandhir Santos e Domingos Montagner. Wagner Moura, Selton Mello e Matheus Nachtergaele são grandes referências.

O Miguel tem um visual estiloso e você, qual seu estilo? Tem gostado do bigodinho do personagem? Eu sou simples, me visto de forma básica. Nunca tinha usado barba e gostei bastante.

Quando não está gravando o que curte fazer? Teatro, cinema e natureza. Com minha família e meus amigos.

O que mais admira nas mulheres? Gosto da simplicidade e da beleza natural.

O assédio tem sido diferente agora por conta de Miguel do que na época de Malhação? Como você lida com isso? Eu tenho trabalhado muito, andado pouco pelas ruas, mas recebo um carinho enorme pelas redes sociais. Não podia estar mais contente com a resposta do público com a nossa novela. Fazemos ela com muito amor.

Como você se vê daqui a 10 anos? Consegue imaginar algo? Espero estar feliz, como estou hoje, profissional e pessoalmente.