ESTRELA: CAROL MACEDO, EM TODAS NA TV

Talentosa e carismática, Carol Macedo começou muito cedo na TV. Aos 16 anos já se destacava em “Passione” e recentemente, 10 anos depois, com sua Inês em “Éramos Seis”. Carol saiu do ar agora final de março, mas em compensação ela volta a TV em duas outras atrações, “Malhação, Viva a Diferença”, com a sua personagem K2, e no horário nobre, em “Fina Estampa”, onde interpreta Solange. A cada novo personagem um novo desafio e a evolução de Carol como atriz. “Espero que daqui a 10 anos continue tendo orgulho da profissão que escolhi, esteja crescendo cada vez mais e interpretando personagens marcantes”, comenta Carol sobre seu trabalho e futuro. É isso que queremos, ainda mais Carol e mais novas emoções. Assim como essa nova capa onde ela aparece ainda mais sexy nesse clima tropicaliente.

Carol, encerrando mais um trabalho. Como avalia a trajetória da sua personagem Inês em “Éramos Seis”? Satisfeita com a resposta do público e crítica? Essa novela foi realmente bastante especial.  A Inês foi um lindo presente. Vivi uma personagem muito rica, com uma história sofrida e complexa, onde pude experimentar muitas emoções e mexer com os sentimentos de quem assistia. Além das mudanças feitas pela nossa autora, Angela Chaves, em enredos de alguns personagens, toda nossa equipe, desde o figurino e fotografia, até a direção e elenco, teve muito cuidado e carinho na composição de todas as cenas. Foi uma questão de respeito com o público e com as outras versões que marcaram a história. Acredito que tudo isso tenha sido essencial para o grande sucesso de nossa versão de “Éramos Seis”.

Como enfermeira, dar vida a essa personagem te trouxe que desafios? A parte de técnica de enfermagem foi super tranquila. Durante a minha preparação para a personagem, tive a oportunidade de sentar para conversar com uma médica que faz parte da organização “Médicos Sem Fronteiras”.  Pude ouvir mais sobre o trabalho dela em geral e especificamente nas guerras, já que sabia que a minha personagem iria ajudar na Revolução Constitucionalista. Na novela, acabamos não fazendo tantas cenas da Inês trabalhando no dia a dia no hospital, mas durante as que gravamos, pude contar com um profissional para me auxiliar em como deveria agir naquelas situações.

Essa é sua primeira novela de época. Como foi a experiência, muito diferente de uma trama contemporânea? Eu sempre tive muita vontade de fazer uma novela de época. Tudo muda! Além da fotografia, dos figurinos e dos cenários, tive também um cuidado especial com a postura corporal, o modo de falar e de se colocar em cena… É uma experiência e um desafio muito gostoso já que me tirou totalmente da minha zona de conforto e me levou para um lugar ao qual não estou acostumada. Foi mais uma motivação para amar o que faço! +

Sua 6a novela e 10 anos de TV. Como avalia sua trajetória? O que deseja para os próximos 10 anos? Com 16 anos fiz a minha primeira novela, interpretando a Kelly em “Passione”. Porém, a minha carreira como atriz começou quando tinha apenas 6 anos de idade fazendo campanhas publicitárias em televisão e fotos. Em todos os meu trabalhos tive a sorte de fazer personagens com personalidades e características bem diferentes umas das outras. Durante cada trabalho convivi e tive como mentores pessoas que já eram minhas referências antes mesmo de sonhar estar em um set de gravação. Sou muito agradecida por isso. Hoje sou uma mulher, muito mais madura, mais vivida, mas ainda assim, cheia de curiosidades, sempre observando e querendo aprender mais. Espero que daqui a 10 anos continue tendo orgulho da profissão que escolhi, esteja crescendo cada vez mais e interpretando personagens marcantes.

Sua personagem, Inês, estava à frente do tempo dela. Que características, qualidades, atuais você identifica nela? O que incomodaria mais Inês hoje em dia? Inês era uma menina super à frente do seu tempo, bem contemporânea. Sou determinada e vou atrás do que quero independentemente dos obstáculos que possa vir a encontrar pela frente, assim como ela. Ela era independente! Viajou o mundo todo, fez faculdade, se formou, trabalhava e tinha opinião formada em todos os tipos de assuntos. A Inês se encaixaria muito bem nos dias de hoje!

Com as mudanças nas tramas atuais na TV você sai de cena com “Éramos Seis” e volta ao ar em “Fina Estampa” e “Malhação, Viva a Diferença”. Momento para você poder se ver em dois momentos diferentes da sua carreira. Que lembranças guarda desses dois momentos? Quando interpretei a Solange de “Fina Estampa”, tinha acabado de completar 18 anos. Já a K2 em “Malhação, Viva a Diferença” veio anos mais tarde quando tinha 24 anos. Da Solange pra cá eu amadureci muito como mulher, não só na vida pessoal, mas também na minha carreira. Hoje com as experiências de vida e de todas as novelas que já fiz, me sinto muito mais preparada como artista! Será algo muito perceptível assistindo as duas personagens ao mesmo tempo. A Sol do Recanto e a K2 são duas personagens que tem personalidades muito parecidas, mas em ambientes diferentes. Ambas gostam de dançar funk, tem o gênio muito forte e são totalmente decididas no que querem para vida! Vai ser legal acompanhar dois trabalhos que fiz com mais tempo e calma.

Como vai ocupar o tempo nesse período de quarentena e pausa? Aproveitei os primeiros dias para dar “aquela” faxina na casa e também organizar e jogar fora muitas coisas que acumulava. Separei muitas coisas para doar também. Estou aproveitando também para colocar as minhas coisas em dia, que por conta das gravações não conseguia fazer com tanta frequência como a leitura, os estudos de inglês e a meditação.

Solteira? O que um homem precisa ter / ser para chamar sua atenção? Namoro há quase 4 anos. O homem precisa acima de tudo ser honesto, doar amor e SER amor.

O que te coloca um sorriso no rosto? O que te tira do sério? Ver minha família feliz é o que mais enche o meu coração de paz! Estar com eles é sempre o meu momento de agradecimento a Deus. Agora o que mais me tira do sério é mentira e falsidade.

Falando sobre temas atuais como empoderamento feminino, você vê algum exagero ou distorção? O que ainda falta nesse sentido? Acho muito importante o tema do empoderamento feminino. Sempre lutei pelos meus direitos e procuro constantemente aprender mais sobre o feminismo em geral e pelo ativismo feminista.  Acho que exageros ou distorções sempre irão existir por uma minoria, mas isso não pode apagar ou diminuir o movimento legítimo que é o que a grande maioria das mulheres defendem. Falta muita coisa, como igualdade maior de salários, maior representatividade em diferentes setores da economia, mas sinto que já avançamos muito e que temos que continuar evoluindo.

Hoje você consegue enxergar uma mudança de atitude na galera da sua faixa etária sobre esses assuntos? De que forma percebe? Sim. Acredito que esse assunto está cada vez mais em evidência no mundo todo. O crescimento das redes sociais e o avanço da internet possibilita que cada vez mais experiências de mulheres em várias partes do planeta sejam compartilhadas. Através disso, podemos nos unir mais. Percebo isso no dia a dia. Em conversas com amigas e como um tema constante em minhas redes sociais.

Acredita que para sua geração aturar atitudes machistas e/ou feministas é mais fácil? Não. Pelo contrário, acho que é muito mais difícil. Para as gerações anteriores muitas atitudes machistas ou paradigmas eram considerados “normais” ou até toleráveis para aquela época.  Graças a muita luta as mulheres estão conseguindo quebrar várias barreiras e isso faz com que não mais aceitemos atitudes machistas.

E quando quer relaxar a cabeça o que procura? Conforme o tempo vai passando vou ficando cada vez mais caseira, a minha casa é o meu templo. O meu momento de relaxar é tomar um vinho, deitadinha no sofá assistindo alguma série ou filme.

Como é sua relação com o espelho? Ele reflete o que você deseja pra você? Mudaria algo? Eu tenho uma relação muito boa com o espelho, sempre soube gostar do que enxergo nele. Acredito muito que quando aprendemos a nos amar por completo, criamos uma autoconfiança forte que consequentemente se torna perceptível para as pessoas.

A vaidade é um dos pecados mais presentes? (risos) Se não, qual seria? Sou uma mulher muito vaidosa e por acreditar em astrologia, creio que seja assim por ser leonina. No meu caso não vejo a vaidade como um pecado, sempre tento balancear o que faço e aprendi que tudo em excesso não é saudável!

Fotos Márcio Farias

Styling Dayana Molina

Assistente de Estilo Mateus Santanna

Beleza Nathalia Amorim

Estúdio Mariana Salles

Assessoria Rebeca Cruz